Prefeitos da Grande Florianópolis assinam pacto para mobilidade

Prefeitos de seis municípios da Grande Florianópolis assinaram o pacto metropolitano para implantação do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus) na tarde desta segunda-feira (18).

Entre as ações previstas estão ciclovias,  transporte marítimo e BRT, sigla em inglês para Bus Rapid Transit, sistema de transporte coletivo de passageiros que inclui corredores exclusivos para os ônibus. Os investimentos podem chegar a R$ 4,6 bilhões.

O estudo técnico teve como objetivo apresentar soluções para os problemas de mobilidade urbana dos 13 municípios da Grande Florianópolis: Anitápolis, Rancho Queimado, São Bonifácio, Angelina, Antônio Carlos, Águas Mornas, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e Florianópolis.

O Plamus foi apresentado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Assinaram o pacto os prefeitos da capital, Antônio Carlos, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e São José.

Segundo a Secretaria de Estado do Planejamento, as assinaturas já viabilizam o início das conversas para realizar as ações descritas no Plamus, mas existe prazo de implantação apenas para o BRT - principal ação do plano -que deve ser parcialmente implantado até 2018.

Ações do Plamus
Entre as medidas de curto prazo sugeridas para melhorar o tráfego entre a Ilha e o Continente, em Florianópolis, está a licitação de um serviço de guincho e integração dos órgãos de gestão de trânsito nos níveis federal, estadual e municipal para dar respostas rápidas a acidentes na região metropolitana. Outra medida é melhorar a sinalização e eliminar os entrelaçamentos nas pontes.

Para a Via Expressa, as sugestões de curto prazo são implantação de terceiras faixas, melhorias na geometria dos acessos e integração da operação com as pontes.

No caso do transporte marítimo, já foram autorizadas pelo Departamento de Transportes e Terminais (Deter) cinco rotas: da Praia de São Miguel, em Biguaçu, até a Praia de Canasvieiras, em Florianópolis; Ponte Três Henriques, em São José, até Cacupé, em Florianópolis; da Barra de Aririú, em Palhoça, para a Beira Mar de São José e depois até o trapiche da Baía Sul (no Centrosul), em Florianópolis; da Praia de Fora, em Palhoça, até a Praia de Laranjeiras, na Tapera, em Florianópolis; da Praia de Fora até a Costeira do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.

Para a SC-401, em Florianópolis, a ideia é transformar a rodovia em avenida. Além das faixas exclusivas para ônibus e ciclistas, a via deverá ter semáforos. O limite de velocidade também deve ser reduzido, de 80 km/h para 60 km/h.

Dois anos de estudos
O Plamus foi elaborado após dois anos de estudos. Foram feitas pesquisas como contagem de veículos e frequência e ocupação de ônibus.

O conteúdo completo dos 19 relatórios, somando mais de 5 mil páginas, está disponível para consulta. O relatório final pode ser encontrado no site do BNDES. Outros documentos relacionados também podem ser achados na página.

Investimentos
Para a realização das ações, estão previstos investimentos que podem alcançar R$ 4,6 bilhões. Desse total, 48% seria para o BRT, 36% para obras na estrutura, 8% para a Ponte Hercílio Luz, 5% para obras viária e 3% para ciclovias.

Devem ser usados recursos tanto dos municípios quanto do estado, do governo federal e da iniciativa privada. A maior parte está em fase de projeto.

Além de medidas para melhorar a mobilidade urbana, a intenção é estender essa parceria entre as prefeituras para soluções integradas em outras áreas.

"Esse acordo é um reconhecimento dos municípios de que algumas ações que poderiam ser executadas individualmente serão feitas de forma coletiva pela Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana. Assim, questões como mobilidade, saneamento e resíduos sólidos, que afetam todos os nove municípios da Grande Florianópolis, terão soluções integradas", comentou o secretário de Estado do Planejamento, Murilo Flores.

Fonte: G1