Presidente da CNseg faz balanço do setor nos últimos 10 anos em almoço do CVG-SP

Da esquerda para a direita: o sócio fundador do Santos Bevilaqua Advogados, João Marcelo dos Santos; o diretor Geral da Escola Nacional de Seguros, Renato Campos; o presidente do SindSeg-SP, Mauro Batista; o presidente da CNseg, Marcio Coriolano; o presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo; o presidente do CVG-RJ, Carlos Ivo Gonçalves, e o presidente do Clube Seguros de Pessoas-MG, João Paulo Mello

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, participou de almoço do Clube de Vida em Grupo de São Paulo (CVG-SP), nesta terça-feira, 17 , quando palestrou para importantes lideranças do mercado de seguros brasileiro.

Em sua apresentação, Coriolano abordou especialmente a última década, quando, em sua análise, o Brasil atravessou três ciclos econômicos distintos: "Um de grande alavancagem, um de acomodação e um de recessão jamais experimentado.

Para o presidente da CNseg, entre 2008 e 2010, a economia, a produção e a renda registraram bons desempenhos, com políticas econômicas baseadas no consumo, e o mercado segurador obteve índices superiores ao do PIB nacional. “O destaque desse período foram os planos de acumulação, apesar de quase todos os ramos do mercado segurador terem apresentado crescimento superior ao do PIB”, destacou.
 
A partir de 2011, porém, explicou Márcio, esse ciclo positivo, baseado no consumo, começou a dar sinais de esgotamento, com o PIB registrando aumentos menores, acompanhado de maiores taxas de inflação. “O mercado segurador manteve-se resiliente, com um bom crescimento, de novo acima do PIB”, observou. Segundo Márcio, os planos de risco foram o destaque desse período, com os consumidores optando  por investir o patrimônio em seguros de vida para si e suas famílias.
 
Já no período de 2015 a 2017, estendendo-se neste início de 2018, explicou Márcio, a recessão econômica afetou também o mercado segurador, que continuou a contribuir para a economia, mas sem o mesmo dinamismo. “Os seguros de automóvel foram afetados negativamente, assim como os planos de risco e os de acumulação”, enfatizou Coriolano. A boa notícia, destacou, foi a retomada dos ramos de vida risco no qual se encontra também o seguro prestamista.
 
Para o presidente da CNseg, os principais aliados da atividade seguradora são a taxa de emprego e o rendimento médio das famílias. “É a produção que alavanca parte dos seguros, principalmente os de ramos elementares, mas todos, e também os seguro saúde e os seguros de vida contratados por empresas dependem de renda e emprego, afirmou.
 
Apesar de todos os desafios enfrentados, Marcio Coriolano afirmou que tal cenário não desanima os profissionais de setor, estimulando-os a desenvolverem produtos para uma população que perdeu renda e buscando destravar produtos mais flexíveis, como o Universal Life, que depende apenas de regulamento da Receita Federal.
 
Ao abordar os órgãos reguladores, o presidente da CNseg aproveitou para elogiar a instituição da agenda regulatória e a capacidade de diálogo dos seus dirigentes, gerando um ambiente positivo e de previsibilidade, seja com a Susep, seja com a ANS.
 
Márcio apresentou também as iniciativas promovidas pela Confederação com o intuito de fortalecer a imagem institucional do mercado segurador, que, em sua análise, “visa elevar o conhecimento do setor pelas Autoridades e formadores de opinião, porque ele ainda é desproporcional à importância dos seguros para o país”. Finalizou apresentando uma agenda mínima de temas de interesse do setor que foi explicada pessoalmente ao Presidente Temer e ministros do Planalto.

Fonte: CNseg