Reeleito, Marco Barros toma posse na FenaCap em fevereiro

Reconduzido à presidência da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Marco Antonio da Silva Barros- o executivo encabeçou a chapa única que disputou a eleição realizada nesta terça-feira (11)- tomará posse em fevereiro de 2013. Entre as prioridades do novo mandato (*veja a composição da diretoria), a FenaCap quer desenvolver um programa de educação financeira e melhorar a comunicação com os clientes, em especial com os da classe C, tornando-a mais transparente. Para ele, o mercado de capitalização, que deve fechar o ano com um crescimento próximo de 20% em 2012, deverá dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, a contar de 2013, por ter capacidade de apresentar soluções criativas e flexíveis para o consumidor final e para o segmento empresarial. Leia, a seguir, a íntegra da entrevista concedida por Marco Barros ao site da CNseg.

Quais serão as prioridades de sua gestão?
Uma das prioridades é a criação de um programa estruturado de educação financeira. É também nosso compromisso estimular uma comunicação cada vez mais transparente e uma atuação orientada para as necessidades dos consumidores, em especial da emergente classe C, que representa um contingente de mais de 50 milhões de pessoas. Muitas dessas pessoas passaram a ter acesso ao mundo das finanças por meio dos títulos de capitalização, reconhecidamente uma porta de entrada para quem está dando os primeiros passos no mercado financeiro.

Qual sua estimativa de crescimento do setor em 2012?
Nossa expectativa é fechar o período com um crescimento na casa dos 20%. De janeiro a outubro, último dado divulgado pela Susep, o faturamento global do setor foi de R$ R$ 13,6 bilhões, um avanço de 18,6% em relação a 2011. Até o fim de outubro, foram pagos cerca de R$ 703 milhões em prêmios a clientes contemplados, um crescimento de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado. E foram pagos R$ 8,7 bilhões, sob a forma de resgate final ou antecipado.

Quais as perspectivas do mercado em 2013? Será ou não um bom ano para a atividade?
Estimamos que o mercado de capitalização, com sua capacidade de apresentar soluções criativas e flexíveis, tanto para o consumidor final quanto para o segmento empresarial, dobrará de tamanho nos próximos quatro anos, contribuindo para consolidar o hábito e a disciplina de guardar dinheiro e para a expansão da poupança interna. A recente regulamentação dos microsseguros premiáveis é uma oportunidade excepcional, pois representa a possibilidade de expansão concreta dos negócios, com exploração de novos canais de vendas e formas de comercialização, possibilitando um enorme ganho de escala. Enfim, é um mundo novo que se abre para a capitalização e isso nos deixa otimistas em relação ao próximo ano, ainda que o cenário econômico internacional adverso e seus reflexos no Brasil ainda inspirem alguma cautela.

No plano regulatório, há alguma preocupação com regras que possam minar o ritmo de crescimento? Justifique sua opinião.
Nós temos procurado trabalhar lado a lado da Susep nas questões que são relevantes para o setor e isso tem feito toda a diferença, pois há espaço para opinar, contribuir e fazer com que as regras sejam desenhadas em sintonia com a evolução do setor. É interesse de todos que a Capitalização continue seu ritmo de expansão, em condições de inovar e continuar a gerar empregos, renda e uma cultura de poupança no país.

Em contrapartida, que medidas regulatórias podem ajudar o mercado a crescer mais?
Nossa expectativa é a de que haja a consolidação de normativos e que isso simplifique e torne ainda mais transparentes as regras do setor, de modo que sejam bem compreendidas e assimiladas por todos os agentes envolvidos: empresas, consumidores, Poder Público, etc. O desejo de todos é que as regras sejam aperfeiçoadas, sendo este o resultado esperado de qualquer processo de alteração de dispositivos legais ou regulamentares.
Qual o cenário esperado pelo senhor no plano macroeconômico no próximo ano?
Em primeiro lugar, manutenção da política de redução da taxa básica de juros da economia, com aproximação cada vez maior dos patamares internacionais. Consideramos esse cenário positivo, ainda que o país possa vir a sofrer algum efeito da crise europeia. Apostamos na expansão do crédito, da renda e da poupança interna, a exemplo do que já estamos vivenciando nos últimos anos.

Qual o impacto dos juros básicos reduzidos para o seu segmento?
Embora a Capitalização não possa ser encarada como um investimento tradicional, a queda dos juros básicos da economia faz com que a rentabilidade de outras aplicações convencionais se reduza, razão pela qual acreditamos que o fator lúdico dos sorteios se torne um diferencial cada vez maior no processo de escolha por parte dos clientes, tornando os títulos de capitalização mais atraentes e exercendo peso importante nas decisões de compra.

Fonte: CNseg