Seguradoras de Nova Iorque são autorizadas a utilizar dados das redes sociais para análise de risco de clientes de seguro de vida

O Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova Iorque (NYFS, na sigla em inglês), nos EUA, autorizou que as seguradoras da região utilizem algoritmos para obter informações nas redes sociais e em outras fontes não usuais para definir os valores das apólices de seguro de vida de seus clientes. A norma define que essas empresas usem análises estatísticas para determinar que esses algoritmos estejam isentos de vieses discriminatórios de raça, cor, religião, país de origem, orientação sexual ou qualquer outro que possa prejudicar grupos específicos.

Por outro lado, afirma o release divulgado pelo órgão regulador, a utilização dessas fontes de dados tem o potencial de beneficiar seguradoras e consumidores ao simplificar o processo de subscrição, além de possibilitar a definição de valores mais precisos para esses seguros.

Tradicionalmente, as empresas de seguro de vida já utilizam exames físicos e questionários para determinar o nível de saúde de seus clientes. Entretanto, sendo estes processos custosos e demorados, cresce a utilização de modelos de análise preditiva, baseado em fontes públicas, para se determinar as chances de um potencial cliente desenvolver uma doença ou envolver-se em comportamento de risco.

De acordo com a superintendente da NYDS, Maria Vullo, ainda que a utilização de redes sociais por parte de seguradoras para avaliação de riscos esteja em debate há anos, havia uma escassez de regras para proteger a privacidade dos usuários nesses casos. Diante dessa realidade, o Departamento de Serviços Financeiros buscou se adiantar ao que considerou inevitável, estabelecendo regras para o procedimento.

Fonte: Revista Forbes via CNseg