Seguro educacional cresce no ensino superior

O amadurecimento do mercado de educação no Brasil estimula o segmento de seguro educacional. Esta modalidade, que existe desde 1980, ganhou algum fôlego nos últimos cinco anos principalmente no ensino superior. Ainda assim, a contratação desse tipo de apólice não é prática recorrente entre os pais e alunos. O seguro educacional garante as mensalidades escolares, em caso de desemprego, invalidez ou morte do responsável pelo aluno.

De acordo com Marcelo Andrade, sócio da Brasil Insurance, holding formada por 43 seguradoras, o produto é mal compreendido e por isso demora a ganhar força. "No entanto, esse quadro está mudando. Representamos cerca de 70% do mercado de seguro educação e nos últimos cinco anos houve crescimento de 114% no segmento. Esse avanço é proveniente do planejamento para o ensino superior", diz.

A Universidade Católica de Brasília oferece o benefício aos 30 mil alunos. "Em caso de falecimento do titular financeiro, garantimos o pagamento do curso até o final", diz Leonardo Nunes, diretor executivo do grupo que mantém a instituição. O benefício só é concedido ao aluno que estiver com a mensalidade rigorosamente em dia. A estratégia foi bem sucedida para diminuir a inadimplência e a evasão.

Andrade aponta que na graduação esses dois problemas ocorrem com mais frequência.

Isso acontece porque geralmente é o próprio aluno quem banca a mensalidade. E também pelo fato de a matrícula ser semestral. "A taxa de evasão do ensino superior beira os 8%, sendo que em 70% dos casos há risco financeiro envolvido", diz.

Fonte: Clipp-Seg | Revista Cobertura