Seguros Gerais ganham fôlego com recuperação da economia

O segmento de seguros gerais, que abrange riscos ao patrimônio e responsabilidades, tem pela frente um ano dos mais promissores. Formado por 13 grupos e cerca de 90 ramos, ele deve se beneficiar do crescimento da economia e registrar uma expansão entre 6% e 8%, conforme projeções recentes divulgadas pela CNseg. Somente em 2018, esse segmento retornou à sociedade cerca de R$ 33 bilhões em indenizações no acumulado de janeiro a novembro.
 
Entre os ramos que mais se destacam, está o Automóvel, que responde por 47% dos prêmios no segmento e tende a ganhar espaço com o crescimento da economia e a expansão do crédito para aquisição de veículos. Outros destaques são os seguros de Riscos Cibernéticos e o de Responsabilidades, principalmente o D&O (Directors & Officers), que protege executivos e gestores de empresas. As carteiras de seguro Residencial e Condomínio também estarão em evidência, assim como o Seguro Rural e os ligados à infraestrutura.
 
Já a carteira de Transportes deve se beneficiar de novas regulações aprovadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o órgão que regula o setor. Segundo resolução publicada em junho de 2018, empresas de transporte de cargas e embarcadores assumem a obrigação de averbar, junto à seguradora, todos os embarques antes da saída do veículo transportador.
 
Esses documentos devem ser emitidos em sequência numérica, mediante a transmissão eletrônica do arquivo do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe). Após a averbação do seguro da carga, nos casos em que for obrigatória a emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) para viagens interestaduais, o segurado deverá efetuar a entrega do arquivo completo desse documento, também em sequência numérica e antes do início da viagem.
 
Segundo o presidente eleito da FenSeg, Antonio Trindade, que assumiu o mandato nesta quinta-feira, dia 7 de fevereiro, a entidade vai manter a linha de gestão dos presidentes anteriores, destacando as seguintes prioridades para este ano:

  • Combate à atividade irregular de comercialização de seguros;
  • Desenvolvimento dos seguros relacionados à infraestrutura, concessões e privatizações, como os seguros de garantia de obrigações contratuais, patrimoniais e riscos de engenharia;
  • Incentivo ao ramo Automóvel, principal carteira de seguros gerais, no desenvolvimento de novos produtos como o Auto Popular e seguros intermitentes.

“A FenSeg acredita na recuperação gradativa da atividade econômica, apoiada em taxas de câmbio e Selic estáveis, e na reconquista de postos de trabalho. Esse cenário beneficia o segmento de seguros gerais, considerando uma  previsão de crescimento do PIB de 2,5% este ano”, explica Trindade.

Fonte: FenSeg