Seguros gerais têm boas perspectivas de crescimento

O papel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) na nova estrutura do setor de Seguros no Brasil foi um dos temas abordados na palestra do presidente da entidade, Jayme Brasil Garfinkel, na noite de ontem, para os mais de 200 presentes ao Novotel Jaraguá, em São Paulo (SP), promovida pela Escola Nacional de Seguros - Funenseg. Garfinkel mostrou-se otimista ao divulgar as projeções de expansão do mercado de Seguros Gerais até o final da década, de 17% neste ano, de 15% em 2008, e de 10% em 2009 e 2010. Ele afirmou que essas estimativas se baseiam nas tendências observadas nos últimos anos, como, por exemplo, o crescimento da participação do setor de Seguros na formação do PIB, de 2,9%, em 1999, para 3,69%, em 2006, e na expansão de 16% da carteira de Automóveis, entre 2003 e 2006. Também citou Transportes e Rural como áreas com grande potencial de expansão, informando que o Governo tem se mostrado disposto a ouvir o que o mercado espera quanto a este último. Essa mesma postura, segundo Garfinkel, se observa quanto a Susep que, em contatos mantidos recentemente, revelou-se aberta para discutir, individualmente, com cada seguradora, questões ligadas à solvência. Na ocasião, ele elogiou o caráter democrático que se mantém na nova estrutura das entidades do setor de Seguros. A nova configuração prevê a transformação da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) em confederação, e a criação de quatro federações associativas, que já estão funcionando – Fenseg, Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) e Federação Nacional de Capitalização (Fenacap). Para o palestrante, essa nova organização propicia maior autonomia administrativa, desconcentração e diversificação de ações por ramos do seguro, evitando, ao mesmo tempo, a dupla representação de um mesmo segmento em entidades distintas. Além disso, garante legitimidade aos organismos para que possam representar juridicamente as empresas.Ao finalizar sua apresentação, Garfinkel anunciou que a Fenseg pretende atuar juntos aos cursos de Direito, de forma a esclarecer os futuros advogados sobre as peculiaridades da legislação securitária. Além disso, aposta na união com entidades de outros setores, como bancos, comércio etc, para pressionar o legislativo a adotar medidas para a solução de questões comuns a todas, como, por exemplo, reduzir a economia informal, reforma política e dar mais eficiência ao sistema judicial. (Fenaseg)