Setor segurador pode se tornar um dos principais motores para a retomada do crescimento brasileiro

Ao fazer abertura do 1º Seminário de Educação em Seguros, realizado nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, afirmou que o grande projeto da atual administração da Confederação é buscar colocar, dentro do máximo possível, o mercado de seguros no centro das políticas econômicas (ou públicas) do País, tendo em vista seu poder de vir a ser um dos principais motores para o crescimento sustentável, se incentivado.

Em sua fala de boas-vindas aos participantes do encontro promovido pela CNseg e StudioFolha a cerca de 150 participantes, Marcio Coriolano apresentou números do mercado para demonstrar não só a força do setor, que respondeu por uma participação de 6,2% do PIB em 2015, mas como sua musculatura, o habilita a ser um dos players a puxar o crescimento sustentável do País. Ele lembrou que, com uma receita arrecadada de R$ 365 bilhões em 2015, o mercado brasileiro representou 45% dos prêmios gerados na América Latina no ano passado, tornando-se o primeiro do ranking regional e o 13º no pódio mundial.

Mas o consumo per capital baixo - de R$ 1.742, que coloca o País em 44º lugar no mundo - foi outro indicador citado por Coriolano como um sinal de que o potencial do mercado, se estimulado, é enorme.

Alguns ramos que já se destacam hoje, como os de Automóvel, Previdência e Saúde, ainda representam frações se comparados ao todo. No de Saúde, por exemplo, menos de 25% da população está protegida pelas garantiras dos planos privados de saúde, apenas 12, 6 milhões de brasileiros contam com planos de previdência, e somente 14% das residências contam com seguro residencial.

Todos esses nichos podem dar saltos em termos de prêmios nos próximos anos e contribuir para novos saltos de arrecadação, sobretudo, das provisões técnicas, que são aqueles recursos guardados para saldar sinistros. O último dado dá conta de que as provisões já alcançaram R$ 765 bilhões em agosto e poderão atingir ou superar a casa de R$ 1 trilhão até o próximo ano.

Ou seja, o mercado está apto a ser um investidor institucional de grande porte, já que suas provisões são aplicadas em diversos ativos no País, ao mesmo tempo em que serve de anteparo para outros setores econômicos e sociais, ao proteger os respectivos patrimômios dos infortúnios. No ano passado, o mercado pagou em indenizações R$ 235 bilhões, o que corresponde a 1,5 vez o PIB uruguaio.

O presidente da CNseg fez ainda um breve resumo do Programa de Educação em Seguros, destacando as 21 ações que o compõe. Afirmou que todas essas iniciativas poderão contribuir de forma definitiva para melhorar o conhecimento dos produtos, empoderar a decisão de compra do consumidor e puxar para baixo o número de queixas, com a disiminação de informação mais qualificadas.

Fonte: CNseg