Superintendente da CNseg critica decisão do governo argentino

O superintendente de Regulação da CNseg, Alexandre Leal Neto, criticou a decisão do governo argentino de determinar o direcionamento obrigatório de parte dos ativos das seguradoras e resseguradoras presentes naquele país. Seguradoras e resseguradoras deverão destinar de 10% a 30% de seus fundos para lastrear programas que gerem emprego e renda, o que poderá representar US$ 1,5 bilhão, em valores de hoje, dentro de um ano. Um comitê escolherá os investimentos de financiamento obrigatório por parte das seguradoras. “Qualquer medida compulsória, a princípio, é negativa. Ainda que as seguradoras, como investidoras institucionais que são, tenham um apetite natural para direcionar seus investimentos a ativos de mais longo prazo, com maior risco, com o intuito de auferir maiores ganhos, há sempre que se analisar a relação entre risco e retorno do investimento. No momento em que se obriga o investimento em “programas que geram emprego e renda”, essa relação não está sendo levada em consideração. O governo argentino vem demonstrado ao longo dos últimos anos uma alta dose de intervenção econômico, e me parece ser esse apenas mais um capitulo da novela”, concluiu ele.

Fonte: Viver Seguro OnLine