A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou nova previsão de venda de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, rebaixando a taxa de crescimento de 12,8% para 10% neste ano. A queda tem ainda relação com a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, e as dificuldades provocadas no ritmo de produção e venda mesmo após o término da paralisação.

Confirmando-se a nova projeção, as vendas esperadas devem ser de 2,462 milhões de unidades no ano. O desempenho pode ter reflexos também nas vendas do seguro de Automóvel, embaladas até abril, quando subiram 10,6% no acumulado do ano, comparado ao primeiro quadrimestre de 2017. No período, a receita das seguradoras somou R$ 11,5 bilhões (contra os R$ 10,4 bilhões acumulados de janeiro a abril do ano passado).

No ano passado, foram 2,239 milhões de unidades de veículos comercializados (e os prêmios da carteira de seguros totalizaram R$ 33,9 bilhões). Por segmento, o de veículos leves é o que puxará a desaceleração este ano, recuando as vendas estimadas de 13% para 9,7%. Em contrapartida, a estimativa para os veículos pesados, por sua vez, subiu de 9% para 18,3%, na nova projeção da Fenabrave.

Segundo a Fenabrave, os emplacamentos somaram 201,9 mil veículos em junho, praticamente o mesmo número de maio, quando o setor foi atingido pela greve dos caminhoneiros - que interrompeu o fornecimento de peças para a produção de veículos e a distribuição das unidades já prontas para as concessionárias.

Este fato indica que as concessionárias ainda não conseguiram retomar o ritmo de vendas anterior à greve dos caminhoneiros. Em abril, último mês completo antes da paralisação, as vendas somaram 217,3 mil unidades. O desempenho mais fraco de junho é atribuído à realização da Copa do Mundo, evento que tira a atenção do público.

Fonte: CNseg