Venda de previdência sobe mais de 30% no primeiro semestre

Uma expansão de 32% no primeiro semestre, levando a arrecadação para R$ 33 bilhões no período, e a consequente evolução da carteira de investimento- subiu 23,55% em seis meses para R$ 302 bilhões- são os novos sinais de que o mercado de previdência privada mantém o viés de acelerado crescimento. Com o resultado, o mercado não só projeta mais um crescimento na casa de dois dígitos neste ano- o que deve representar R$ 330 bilhões aplicados neste exercício, como já fazem surgir as primeiras vozes que esperam que a cifra total da carteira de investimento de previdência alcance seu primeiro trilhão em um prazo de pouco mais de cinco anos. A percepção é de que o mercado colhe e colherá os frutos do plano estratégico adotado a partir dos anos 90 sob a liderança da antiga Anapp (hoje FenaPrevi), como padronização dos produtos de previdência privada, para facilitar o entendimento com a simplificação do contrato; política de transparência de custos de carregamento e de administração, ao lado, depois, da liberdade para que os clientes pudessem fazer tanto resgates quanto transferência de seu plano para outra empresa (portabilidade). O resultado disso é expresso em números cada vez mais robustos. "Saímos de um mercado de R$ 3 bilhões, por volta de 1993, para os atuais R$ 300 bilhões e, como esse mercado dobra de tamanho a cada três anos, podemos imaginar que estamos a caminho de R$ 1 trilhão dentro de cinco anos", disse o vice-presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento, em entrevista coletiva concedida pela manhã, ao lado de Lúcio Flávio Conduru de Oliveira, presidente da comissão organizadora do VI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada. Para eles, as taxas de carregamento e de administração dos planos de previdência cada vez menores - no primeiro, oscilam hoje de 1% a 2%; na segunda de 0,7% a 3% ao ano- ao lado da queda dos juros básicos, o que torna rentabilidade das aplicações mais tradicionais menores, como fundos de renda fixa, e dos incentivos fiscais existentes na previdência privada, tornam estes produtos oferecidos pelas seguradoras cada vez mais atraentes para investidores. Há casos de clientes que hoje adquirem simultaneamente planos de previdência (PGBL ou VGBL), com perfil mais conservador, mais agressivo, com alíquotas de imposto de renda progressivas ou regressivas, para aproveitar-se de todo o potencial oferecido pelo mercado, dizem. Além de estratégias de ganhos, o mercado atrai aqueles que pensam em aposentadorias mais condizentes, os que estão preocupados com a faculdade e cursos de especialização dos filhos, e mesmo os que poupam para realizar outros sonhos. Com isso, as sobras do orçamento são destinados aos diversos planos oferecidos pelo mercado. Pelos números, constata-se uma preferência majoritária pela modalidade VGBL, aquele plano para o investidor que não declara imposto de renda pelo modelo completo. No primeiro semestre, sua arrecadação totalizou R$ 28 bilhões, alta de 38,24% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o PGBL alcançou R$ 3,2 bilhões até junho, subindo 8,50% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Viver Seguro OnLine