Capital Intelectual: Há quanto tempo o senhor atua no mercado de seguros?
Nilton Januario: Completo em agosto deste ano 21 anos de mercado. Durante este período desenvolvi varias funções e passei por diversas áreas. Iniciei na Banorte Seguradora, passando pela Iochpe, e, em 1997, abri uma filial da Allianz em Florianópolis , ficando lá até 2005 quando então me transferi para a empresa atual, HDI Seguros.
Capital Intelectual: Como começou e porque ingressou neste mercado?
Nilton Januario: Fui convidado a fazer uma entrevista por um amigo que trabalhava no Banco Banorte. Chegando lá descobri que a vaga era para seguradora. Não era o que queria, mas pensei: o negócio é entrar, depois tentaria mudar para o banco. Graças a Deus meus planos não deram certo, pois sou muito feliz e realizado por atuar em um segmento tão importante para a sociedade.
Capital Intelectual: Qual é a sua formação acadêmica?
Nilton Januario: Sou formado em Administração de Empresas com ênfase em Gestão de Pessoas. Pós-graduado em Gestão de Seguros e leciono Teoria Geral do Seguro pela Funenseg.
Capital Intelectual: Quais são, na opinião do senhor, os principais requisitos para se atuar no mercado segurador? Que aspecto é destaque para seguir nesta carreira?
Nilton Januario: Primeiramente, para atuar em qualquer atividade, é preciso gostar do que se faz, sem esse componente, dificilmente você terá sucesso. No nosso segmento eu destacaria a facilidade de relacionamento interpessoal e a capacidade de se adaptar a mudanças.
Capital Intelectual: Fazendo uma análise no mercado de seguros, qual tema atual o senhor acha importante comentar e por quê?
Nilton Januario: No meu ponto de vista, entendo que precisamos criar uma segunda geração de perfil, mas desta vez para identificar os que possuem alta freqüência, e não para evitá-los como cliente, mas para taxá-los adequadamente, como funciona nos países onde o mercado de seguro encontra-se mais maduro.
Capital Intelectual: Como o senhor classifica a atuação do SindsegSC no mercado segurador de Santa Catarina?
Nilton Januario: De extrema relevância para nosso mercado. Além de difundir a instituição “Seguro" em vários setores da sociedade, preocupa-se com o desenvolvimento profissional das pessoas que atuam no mercado segurador.
Capital Intelectual: Quais são os destaques do Grupo de Trabalho de Florianópolis, do qual o senhor faz parte? Quais temas o senhor pensa serem relevantes para o GT?
Nilton Januario: Acredito que o principal destaque é o envolvimento na campanha do agasalho. Mas penso que poderíamos nos aproximar mais de alguns setores da sociedade, tais como Procon, Detran e Policia Militar.
Capital Intelectual: Em sua opinião, o que pode ser feito para aprimorar as atividades do setor de seguros em Santa Catarina?
Nilton Januario: Temos um mercado bastante desenvolvido e com ótimos profissionais, mas carecemos de bons cursos de aperfeiçoamento na área.
Capital Intelectual: O senhor recorda alguma história pitoresca ou emocionante que vivenciou durante o tempo que trabalha neste mercado?
Nilton Januario: Iniciei em uma seguradora de banco, cuja filial ficava dentro da agência bancária. Naquele local havia muitos conflitos entre o gerente da seguradora e os gerentes do banco, e para completar, quando iniciei, fiquei quase 60 dias sem receber salário. Tudo isso aliado ao fato de que eu queria mesmo era trabalhar no banco, e não na seguradora, me levaram a abandonar o emprego. Para minha surpresa, dois dias depois recebo em casa o gerente do banco, insistindo para que eu voltasse. Depois de muita insistência aceitei com uma condição, pagar o meu salário e assinar minha carteira em dois dias. Tudo acertado, retornei, cumpriram o combinado e, passados quatro meses, o gerente da seguradora acabou sendo desligado, e eu assumi interinamente suas funções. Pouco tempo depois fui convidado a assumir definitivamente a gerência. Hoje quando lembro dessa história, não tenho dúvidas, meu destino era ser securitário, pois mesmo com um começo desastroso, a vida se encarregou de mostrar que ali estava o meu futuro profissional.
Capital Intelectual: Qual sua atividade favorita, quando não está atuando no mercado segurador?
Nilton Januario: Viajar com minha família, esposa e dois filhos. Ler um bom livro. Assistir os jogos do furacão do Estreito. Também desenvolvo uma atividade social em uma associação de bairro, a qual proporciona lazer por meio do futebol para crianças de 08 a 80 anos.
Capital Intelectual: Há alguma história da sua infância ou adolescência que o senhor gostaria de compartilhar?
Nilton Januario: Na minha infância íamos muito à casa de meus avós maternos. Meu avô tinha um engenho de farinha e criava galinhas, patos, peru, etc. Em um dia, percebi que uma galinha estava fazendo muito barulho, então perguntei a minha avó o que estava acontecendo. E ela me respondeu: “a galinha está pondo meu neto, e neste momento não pode ser assustada, pois o ovo pode se atravessar e ela morrerá”. Moleque que era, não perdi tempo, fui até o galinheiro e dei um grande susto na coitada da galinha. Dito e feito, o ovo se atravessou, e a galinha começou a gritar desesperadamente. Não demorou muito para descobrirem quem havia assustado a pobre ave. No final a galinha foi pra panela e eu levei aquele puxão de orelha de minha mãe.
Fonte: Melz | Assessoria de imprensa - SindsegSC