Capital Intelectual: É possível perceber nas estatísticas do setor como o mercado de seguros cresce no Brasil a cada ano. Para o senhor, qual a principal razão deste crescimento?
Salomar Osti: A melhora das taxas de emprego, renda e consumo certamente são muito responsáveis pela promissora e contínua taxa de crescimento que ainda teremos neste segmento no país nos próximos anos.
Capital Intelectual: Como você acha que o mercado deve interagir com o Governo para buscar o atendimento de suas demandas?
Salomar Osti: Inicialmente penso que há de se investir em cultura, sobre como o mútuo pode salvar famílias e empresas. Depois mostrando os índices de ocorrências por insuficiência do estado, aliado a sugestões de melhores práticas para combater as causas destas ocorrências, como o combate aos receptadores de mercadorias roubadas, o auxílio às melhores práticas de combate a incêndio nas empresas, etc...
Capital Intelectual: Como o senhor classifica a atuação do SindsegSC no mercado segurador de Santa Catarina?
Salomar Osti: Com a criação das comissões que atuam em todo o estado descentralizando as ações, vejo um Sindicato bastante atuante e comprometido neste papel.
Capital Intelectual: Qual é o maior desafio da diretoria SindsegSC? Quais aspectos o senhor destaca desta diretoria?
Salomar Osti: Projetar ações que facilitem esta comunicação com o estado, e em associação com sindicatos de outras categorias, como a de corretores de seguros, propagar a cultura do seguro e da mutualidade.
Capital Intelectual: Para o senhor, a comunicação do setor de seguros com o consumidor é um desafio para o futuro? Por quê?
Salomar Osti: Há muito o que fazer neste sentido. Eu creio que ainda falte muita coisa para se fazer para obter o termo "relevância" no que fazemos em relação a sustentabilidade. A correta maneira de descartar peças e sucatas, a comercialização do que for possível reciclar, entre outras coisas pode ser um potencial caminho para pensarmos em sustentabilidade. Muito já se fez, mas muito ainda há que se fazer.
Capital Intelectual: O mercado de seguros vem focando com relevância a maneira de tratar questões como a sustentabilidade e a relação com o consumidor. O senhor acredita que o setor está investindo de forma correta em sustentabilidade?
Salomar Osti: Há muito o que fazer neste sentido. Eu creio que ainda falte muita coisa para se fazer para obter o termo “relevância” no que fazemos em relação a sustentabilidade. A correta maneira de descartar peças e sucatas, a comercialização do que for possível reciclar, entre outras coisas pode ser um potencial caminho para pensarmos em sustentabilidade. Muito já se fez, mas muito ainda há que se fazer.
Capital Intelectual: O que mais atrai o senhor neste segmento?
Salomar Osti: A capacidade de repor sonhos, patrimônio, de se realizar poupança afim de poder usá-la na velhice, enfim é um mercado mágico se olharmos sob o prisma da mutualidade como alicerce no enfrentamento do futuro. É o jeito mais econômico e correto de se lidar com a Mudança e o Medo.
Capital Intelectual: O senhor recorda alguma história engraçada ou emocionante que vivenciou durante o tempo em que trabalha nesse mercado?
Salomar Osti: Foram inúmeras, mas talvez a mais engraçada e até emocionante foi a de um cliente muito humilde que pagamos um prêmio de sorteio. Ele quis fazer um desabafo em público sobre o papel do corretor de seguros dele. Foi mais ou menos assim que ele gritava em uma de nossas agências onde o seguro foi comercializado: “- Eu comprei com negação o seguro da minha casa, depois que o corretor alertou a minha esposa - que foi quem decidiu comprar, das possibilidades de ocorrência de incêndio e vendaval, e agora vêm vocês me dar o valor da minha casa sem que qualquer coisa tenha me acontecido? Eu quero ser um vendedor deste tipo de produto...” e parou de “incomodar” só quando dissemos que ele poderia fazer um curso de corretor de seguros e se tornar vendedor de produtos daquela natureza. Gostei daquilo e fiquei até emocionado.
Capital Intelectual: O que mais atrai o senhor neste segmento?
Salomar Osti: A capacidade de repor sonhos, patrimônio, de se realizar poupança afim de poder usá-la na velhice, enfim é um mercado mágico se olharmos sob o prisma da mutualidade como alicerce no enfrentamento do futuro.
Capital Intelectual: Há alguma história da sua infância ou adolescência que o senhor gostaria de compartilhar?
Salomar Osti: Foram muitas as histórias que eu julgo importantes em minha trajetória e esta é a pergunta mais difícil para eu responder. Mas daria crédito a um dia em que passeando de barco com minha filha avistamos uma bóia amarela grande. Quando nos aproximamos, percebemos que havia um homem embaixo dela só com a parte do rosto para fora da água. Era um caiaque inflável que havia esvaziado e virado. Oferecemos ajuda e ele disse que estava entalado e quase desistindo de nadar para deixar sua cabeça do lado de fora da água para respirar e que a corrente marítima estava afastando-o da praia. A Mariana tinha 3 anos de idade e após salvarmos o senhor devolvendo-o à praia tive muita dificuldade de explicar a ela o que havia acontecido, que havíamos salvado um homem da morte. Ele foi imensamente grato e repetia freneticamente que a partir daquele dia diria que a Mariana salvou-o. Emocionante mas nunca mais tivemos contato.
Capital Intelectual: Quando não está no trabalho, qual a sua atividade favorita? Salomar Osti: A convivência em meu lar me traz uma paz que eu não encontro em mais nada que eu faça. Lavar o carro com meu filho, ou cortar a grama com minha filhinha são coisas simples mas que eu tenho certeza que irei sentir muita falta algum dia.
Capital Intelectual: Que mensagem você deixa para os profissionais do mercado de seguros?
Salomar Osti: Eu não preciso pedir que acreditem no mercado, porque tenho certeza que quem se envolve com esta área tem uma dificuldade imensa de deixá-lo. Mas se um conselho fosse possível deixar eu pediria que se preocupassem com o mercado que estão inseridos, que desenvolvessem a pessoalidade diariamente empatizando situações e desenvolvendo soluções. Assim seu nome ficará guardado pela capacidade de construir relacionamentos e obter receita da reciprocidade que este relacionamento pode proporcionar.
Fonte: SindsegSC - Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização em Santa Catarina
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