Capital Intelectual | Fernando Martins

Capital Intelectual: Há quanto tempo o senhor atua no mercado de seguros? Como começou e por quê ingressou nesse mercado?

Fernando Martins: Atuo no mercado de seguros há 11 anos, sendo 7 anos em seguradoras e 4 anos em Bancos. Após um ano de estágio no Banco Banespa, em 2002 fui indicado por um grande amigo para ingressar no ramo de seguros no Bradesco Seguros, foi uma grande escola. Em 2005 fui para o Banco HSBC, onde tive a experiência de trabalhar com vendas de seguros, em 2008, fiquei sabendo por um corretor de uma vaga na Allianz Seguros, não pensei duas vezes!

Capital Intelectual: Qual a sua formação acadêmica?
Fernando Martins: Sou formado em Ciências Econômicas pela UNESC e atualmente estou cursando a 2ª fase de Engenharia Civíl na ESUCRI.

Capital Intelectual: É possível perceber nas estatísticas do setor como o mercado de seguros cresce no Brasil a cada ano. Para o senhor, qual a principal razão deste crescimento?
Fernando Martins: O aumento do poder aquisitivo, principalmente das classes C e D, vem gerando grandes oportunidades para o ramo de seguros, estas pessoas estão adquirindo bens e precisam garantir a manutenção destes patrimônios. Temos muito trabalho pela frente!

Capital Intelectual: Como o senhor classifica a atuação do SindsegSC no mercado de Seguros em Santa Catarina?
Fernando Martins: O SindsegSC atua fortemente em várias regiões do estado, com cursos, ações sociais, palestras, envolvendo não só o mercado segurador, e sim a população em geral. As reuniões periódicas com os funcionários das seguradoras é outra ação que nos ajuda a entender como está o mercado em geral e nos dá oportunidade de relatar os casos e trocar experiências. 

Capital Intelectual: Qual é o maior desafio do grupo de trabalho de Criciúma e quais aspectos o senhor destaca desse grupo?

Fernando Martins: O maior desafio é manter o grupo ativo, atuando, indicando e coordenando atividades, divulgando e qualificando cada vez mais o mercado de seguros na região.

Capital Intelectual: Para o senhor, qual o impacto da tecnologia no mercado de seguros? O setor está se adaptando bem a essa nova tendência?

Fernando Martins: Hoje em dia, tudo está muito rápido, e a tecnologia vem nos ajudar. Hoje transmitimos uma proposta de seguro e no mesmo dia já temos acesso à apólice. Acredito que estamos no caminho certo.

Capital Intelectual: O mercado de seguros vem focando com relevância a maneira de tratar questões como a sustentabilidade e a relação com o consumidor. Como o senhor avalia estas tendências? O mercado catarinense está as acompanhando?

Fernando Martins: Assim como o mercado de seguros vem crescendo, as iniciativas nas áreas de responsabilidade social e de sustentabilidade também estão ganhando força, a maioria das empresas estão focando e atuando dentro desta nova tendência.
 

Capital Intelectual: O senhor recorda alguma história pitoresca ou emocionante que vivenciou durante o tempo em que trabalha nesse mercado?

Fernando Martins: No final de 2004, quando ainda trabalhava no Bradesco Seguros, levei um grande susto. Tinha um corretor, que vivia dentro da seguradora, muito gente boa, porém um pouco explosivo! Todos os dias ele passava na seguradora, deixava os documentos para protocolo, verificava as pendências (que na época havia bastante), contava piadas, brincava com todo mundo... Um belo dia, ele foi na filial verificar algumas pendências de sinistros, endossos, e me solicitou duas cotações de endossos, uma delas consegui fazer na hora, entreguei para ele e falei que a outra mandaria em seguida por e-mail, pois o sistema informava que havia outro endosso em emissão, assim eu teria que verificar o que estava ocorrendo para depois fazer a cotação. Resultado, pegou os papéis da minha mão, saiu gritando e xingando tudo, mandou ir para tudo que é lugar, falou que nunca mais colocaria os pés na filial... Fiquei imóvel, sem reação, não estava acreditando no que tinha ocorrido... Dois meses após esse episódio, saí da seguradora e fui trabalhar no Banco HSBC, onde o corretor retornou a frequentar a filial.  Fiquei com isso na cabeça durante um bom tempo, mas tenho a consciência limpa, pois nunca falei mal deste corretor, quem sabe um dia voltaremos a conversar!

Capital Intelectual: Há alguma história da sua infância ou adolescência que o senhor gostaria de compartilhar?

Fernando Martins: Hoje, pensando bem, tenho pena do que meus pais passaram! (risos). Quando eu tinha 12 anos, morávamos em uma pequena cidade no interior da Bahia, em Caldas de Cipó, tenho um irmão, um ano mais velho, e todos os dias a dupla procurava alguma coisa para fazer, seja cavar um buraco na calçada, tapar com alguma coisa e ficar olhando alguém cair, jogar ovos nas pessoas na rua, soltar bombas em muros para ver o estrago depois, dar tiro de estilingue nos gatos do vizinho, todos os dias tinhamos motivos para apanhar, e não dava outra, chegávamos em casa, a mãe já estava com uma varinha preparada para surra! Apanhávamos todos os dias, (risos).

Capital Intelectual: Quando não está no trabalho, qual a sua atividade favorita?

Fernando Martins: Quando não estou trabalhando estou pensando em fazer "aquele" churrasquinho com os amigos , e durante os dias de sol, dar um belo passeio de moto.