Capital Intelectual: personalidades que agregam valor ao mercado de seguros.

Wagner Simon

Wagner Simon

Gerente Comercial SulAmérica Seguros

Wagner Simon é gerente comercial da SulAmérica Seguros - Criciúma e membro do Grupo de Trabalho da região. Nesta entrevista, ele conta como ingressou no mercado de seguros e fala um pouco de histórias que marcaram a sua trajetória.Teste

O executivo fala também da importância da tecnologia para a rotina e as oportunidades no mercado de seguros.

Leia o Capital Intelectual e conheça um pouco mais das personalidades que formam o mercado catarinense de seguros.

23/10/2014
Quando e como o senhor iniciou no mercado de seguros? O que o fez se interessar por esse mercado?
No mês de setembro de 2006 - com 24 anos - retornei da cidade de Recife-PE, onde administrava uma das unidades da indústria química que trabalhava há cinco anos. Embora sempre me fosse recomendado, não tinha olhos para a área comercial no ramo em que operava. De volta a minha terra natal, Criciúma, tentei me engajar no mesmo ramo em que atuava e não obtive sucesso. Foi quando após uma entrevista de emprego em um Hotel, um dos currículos que carregava comigo sobrou e o deixei com uma atendente da seguradora que ficava em frente ao hotel. Realizei esta ação sem muitas expectativas, pois imaginava que se tratava de uma agência bancária e um ramo que eu pouco conhecia ou almejava, porém, não quis voltar para a casa com um currículo que havia sobrado. Na época, o Bradesco Seguros, se interessou pelo meu perfil e me chamou para concorrer com a vaga disponível em sua área comercial. Sem emprego no momento, aceitei. No dia 10 de novembro de 2006 iniciei então com seguros no cargo de assistente de produção. Lembro-me que na época em meus primeiros dias eu sequer acreditava que em troca de aproximados 3% do valor de um automóvel o proprietário poderia comprar um produto que o garantiria receber o valor proporcional ao seu bem em caso de roubo. Achei incrível! Prontamente contei aos meus pais, todos os meus parentes e vizinhos e foi assim que comecei.
Há quanto tempo trabalha na SulAmérica?
Trabalho na SulAmérica desde maio de 2012.
Qual a sua formação acadêmica? Como você se atualiza profissionalmente?
Sou graduado em Administração de empresas e pós-graduado em Gestão Financeira e Custos pela Escola Superior de Criciúma – ESUCRI. Pesquisas, leitura de periódicos, jornais e palestras voltadas ao mercado de seguros estão sempre no meu radar. Na SulAmérica além de treinamentos presenciais, existe um programa de capacitação online e disponível a todos os funcionários da empresa e aos corretores de seguros chamado UNIVERSAS. O programa possui 84 cursos que aborda desde assuntos voltados a produtos que a seguradora comercializa até como cursos de gestão pessoal, que sempre procuro conhecer.
Qual o principal desafio de trabalhar com seguros?
Desafio?! Trabalhar neste mercado é um prazer. Imagine poder trabalhar servindo as pessoas de um produto que protege seus bens e patrimônios que levaram uma vida inteira para ser conquistados! Ou um outro que possa garantir um conforto financeiro quando da perda de um ente próximo, ou ainda, uma solução que complemente sua aposentadoria, entre várias outros recursos que o seguro e previdência podem oferecer. Isso não é incrível? Uma das funções que desempenho no dia a dia é o atendimento ao corretor de seguros, noto que frente às concorrências que são naturais em nosso mercado, nos cabe na verdade como seguradora criar novos produtos, redesenhar outros e fornecer ferramentas que facilitem sua compreensão tanto na venda quanto na manutenção dos negócios junto aos segurados. Fidelizar o corretor de seguros e contribuir com ele para a gestão de sua carteira inclusive incentivando-o a explorar nichos de mercados é muito importante também para garantir que exista um crescimento saudável da venda e expansão do nosso mercado. Este é o verdadeiro desafio.
Segundo as pesquisas o país possui hoje 140 milhões de pessoas sem seguro de vida ou plano de saúde. Para o senhor, o que precisa ser feito para que esse número diminua?
Diferente de vários outros países, principalmente os de primeiro mundo, no Brasil o número de pessoas que compram estes seguros ainda é pequeno. Percebo que uma quantidade considerável das pessoas, embora imaginem os benefícios que vem com a compra de um seguro de vida por exemplo, não tem conhecimento que o custo para a aquisição dele é extremamente baixo comparados a outros produtos como o seguro de automóveis. Para atingir esta demanda, é essencial que a seguradora capacite os corretores de seguros para que busquem divulgar e prospectar no mercado estes segmentos. A SulAmérica este ano reformulou sua linha de produtos de Vida Individual, aumentou o leque de aceitação para seguros de vida em grupo no produto Capital Global cujo principal característica é a praticidade de contratação onde tem criado diversas campanhas para o corretor de seguros afim de estimular o Cross-sell, a venda e oferta ao cliente dos seus produtos de vida. O seguro saúde é um ótimo investimento familiar, que em muitos casos necessita de uma rede médica adequada para atender a demanda, que por outro lado pode estar aquém da necessidade de determinada região. Para tanto, algumas seguradoras já disponibilizam produtos reembolsáveis, que permite aos clientes serem atendidos de forma particular pelo médico de sua preferência e posteriormente receber o reembolso da seguradora. Embora seja uma necessidade humana, também é de suma importância incentivar o corretor de seguros na especialização no seguro saúde e contribuir com a oferta do mesmo na região onde opera para que seja criada, por exemplo, a mesma cultura dos grandes centros onde a busca pelo seguro saúde é maior. Para um país que vive um aumento da longevidade é essencial que consigamos, seja como segurador ou corretor, manter este compromisso de despertar nas pessoas a intenção de conhecer estes dois tipos de seguro.
Como o mercado deve interagir com o governo para buscar o atendimento de suas demandas?
Atualmente um dos desafios é ter o respaldo necessário para as fraudes que contribuem inclusive para o aumento do custo do seguro. Sabe-se da importância do seguro tanto no aspecto econômico quanto social, penso que as seguradoras, SUSEP e Governo Federal têm um dever de prover condições para que a população alcance seguros de automóvel com custos mais acessíveis e comercializados somente por órgãos regulamentados ao invés de junções ou associações e grupos que rateiam prejuízos como opção de compra de baixo custo. A melhor maneira de o mercado conseguir respaldo é através da união de todos.
De acordo com as estatísticas, o mercado de seguros cresce progressivamente no Brasil. Para o senhor, qual a principal razão deste crescimento?
Nos últimos anos vivenciamos um cenário econômico mais estável e oferta de emprego em alta que é fundamental para o aumento do poder aquisitivo da população em geral. Tivemos um episódio recente vivenciado por muitos brasileiros que foram as manifestações sociais, que mostra também que as pessoas já despertam cada dia mais para a busca daquilo que lhes é essencial como segurança e bem estar, da mesma forma o povo brasileiro tem buscado também em comprar o seu primeiro seguro.
O mercado de seguros vem focando com relevância a maneira de tratar questões como a sustentabilidade e a relação com o consumidor. Como o senhor avalia estas tendências? O mercado catarinense está as acompanhando?
Sim, tem acompanhado. Uma companhia de seguros multilinha vivencia muito isso, sustentabilidade deixa de ser uma palavra e torna-se uma missão. Estar próximo do cliente final, criando ferramentas e programas sustentáveis, contribui com toda certeza para a manutenção e crescimento das carteiras. Ser mais transparente, acessível e estar disposto a encarar as necessidades do consumidor no cenário atual, é uma posição indispensável para quem busca sucesso em seu negócio.
Qual o impacto da tecnologia no mercado de seguros? O setor está se adaptando bem a essa nova tendência?
Sinto que a sociedade moderna não apenas depende de tecnologia, mas virou refém dela. As seguradoras vivenciam diariamente demandas e novidades para que possam facilitar a vida do corretor e se colocar mais próximas aos seus consumidores. Hoje tudo tem que ser online, você precisa enxergar cada um dos seus clientes, e proporcionar ao corretor para que ele possa fazer um processo de Cross-Sell seja via plataformas web, ou aplicativos para tablets e smartphones. Poder acompanhar o processo de sinistro e atendimento do seu carro na oficina pelo celular, acompanhar a liberação de sua cirurgia pelo seu smartphone enquanto está deitado em seu leito aguardando, são diferenciais reais que entregamos aos nossos segurados e que com certeza trouxeram benefício ao mercado.
Como o senhor vê a atuação do SindsegSC no mercado de seguros em Santa Catarina?
Noto que buscamos estar presentes nos principais eventos, existe um grande trabalho por parte do time que procura a capacitação das filiais e gerentes, gestores volantes das seguradoras e corretores de seguros. Tivemos novamente este ano a edição da campanha social do SindsegSC que foi um sucesso. Minha maior angústia hoje é de poder demandar pouco do meu tempo para contribuir com o time de Criciúma.
Qual é o maior desafio, e quais os aspectos o senhor destaca em relação ao Grupo de Trabalho de Criciúma a qual pertence?
O maior desafio é conseguir um encontro com cem por cento de presença (risos). O time da região Sul de SC é muito especial e tem conseguido bons resultados, pois temos um ótimo relacionamento com os corretores locais. Cabe a nós todos agora fortalecer ainda mais este relacionamento comercial para termos encontros mais frequentes entre todos os corretores e seguradoras.
Se o senhor pudesse mudar alguma coisa no mercado de seguros, alteraria o que?
É uma opinião muito pessoal, mas mudaria o sistema de comercialização de seguros através de agências bancárias para um processo mais consultivo e com cem por cento de participação presencial de um corretor de seguros no fechamento de um contrato. É muito importante a contribuição e participação de um funcionário interno da agência para a oferta e estímulo ao cliente conhecer sobre seguros, mas entendo que a concretização do negócio deveria sempre passar pelas mãos do corretor. Ainda assim, penso que a oferta do seguro em muitos casos está nas mãos de pessoas que dependem apenas de cumprir um objetivo numérico, uma meta, o que nem sempre resulta na oferta do melhor produto para determinado cliente.
O senhor se recorda de alguma história inusitada ou emocionante que vivenciou durante o tempo em que trabalha nesse mercado?
Várias (risos). Uma delas foi logo que comecei. Eu visitei por algumas vezes o escritório de um corretor de seguros que não queria de forma nenhuma vender os produtos da seguradora que eu representava, pois pra ele a seguradora era muito “formal”. Certo dia, saí de casa com um chapéu de mexicano gigante, um violão, roupa social e chinelo e fui até a corretora. Entrei, todos ficaram assustados, logo criamos um clima muito bacana, cantamos algumas músicas e conquistei o corretor que até hoje é um dos maiores produtores que a seguradora tem naquela cidade. Porém a melhor história que posso compartilhar é a de que trabalhar neste mercado me deu uma das coisas mais importantes que conquistei em minha vida: minha esposa. Eu a conheci em 2007 quando fui fazer uma visita na corretora na qual ela trabalhava.
O que mais o atrai neste mercado de seguros?
A inexistência de rotina, a riqueza de conhecimento que ele nos proporciona e a enorme capacidade de expansão do setor.
O que o senhor diria para essa nova geração de profissionais que estão iniciando a carreira no mercado de seguros.
Façam um exame de sangue do antes e depois. Vocês conseguirão perceber o seguro correndo em suas veias. É um vício que eu recomendo.
Música: O Tempo – Oficina G3
Filme: O Poderoso Chefão
Livro: O Senhor dos Anéis, Trilogia
Frase: “Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela”, Paulo Coelho
Esporte: Voleibol
Exemplo de Vida: Meu avô Osmar, já falecido
Um sonho: Conhecer as pirâmides do Egito
Um lugar: Meu sofá
Um dia perfeito: Minha formatura de graduação
Um hobby: Música, violão, viola
Uma cor: Azul
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