Capital Intelectual

Décio Isleb

SulAmérica - Blumenau

Décio Isleb atua na associada SulAmérica Cia. Nac. de Seguros e é profissional responsável pela área de comunicação da Comissão Técnica Automóveis do SindsegSC.

Em sua entrevista, Décio conta a sua história como profissional do mercado de seguros, as principais mudanças do segmento e o que faz para se manter atualizado com as constantes mudanças.

Confira abaixo na íntegra a entrevista com esse profissional que a cada dia agrega valor ao mercado de seguros!

09/08/2016

1 - A escolha de uma carreira nem sempre é uma decisão fácil. Como você soube que gostaria de atuar no mercado de seguros? Qual é a sua história com esse segmento?

Estou completando em agosto 10 anos de atuação em seguradora, embora o contato com o seguro já ocorra há mais de 14 anos, ou seja, desde a minha adolescência convivo com o setor. Iniciei antes dos 15 anos de idade como digitador de relatórios de sindicância, na época eu fiz esse trabalho para passar as tardes, sempre queria estar ocupado com alguma coisa. Logo após fui contratado justamente pela empresa de sindicância para a qual prestávamos serviços de digitação. Nesta empresa fui auxiliar de escritório, office boy e tive a grande oportunidade de fazer contato direto com o mercado, pois diariamente circulava por todas as companhias que estavam estabelecidas em Blumenau. Muitas pessoas daquela época atualmente são meus colegas de profissão e se lembram do garoto que entregava os relatórios (risos). Em 2006, tive a oportunidade de ingressar na Bradesco Seguros, onde atuei até 2012, no setor de sinistros. Após quase seis anos, tive outra grande oportunidade de encarar um novo desafio, que foi trocar a área operacional pela comercial em outra grande companhia, desta vez, na SulAmérica, onde sou Gestor de Vendas da Filial Blumenau.

2 - Os primeiros passos na profissão são sempre marcantes. Você lembra como foi o seu primeiro dia de trabalho com o seguro? E hoje, quais são os maiores desafios que surgem no dia a dia do mercado?

Lembro-me de cada primeiro dia de trabalho em cada empresa que passei como se fosse ontem. Embora toda minha vida profissional esteja voltada ao seguro, a cada dia que passa há novidades no mercado, seja um novo produto lançado ou uma nova regulamentação, novos desafios são constantes, por isso praticamente todos os colegas de profissão concordam quanto se diz que é um ramo de atuação muito dinâmico.

3 - Quais foram as suas maiores descobertas e aprendizados nestes anos de atuação?

Foram tantas que posso concluir que jamais esgotaremos as descobertas e aprendizados adquiridos, pois a cada dia que passa aprendemos e descobrimos algo novo.

4 - Em sua opinião, qual é a principal característica de um profissional de sucesso dentro do mercado de seguros?

Não se acomodar na zona de conforto, sempre entregar mais do que é solicitado, encarar os desafios, estar antenado a tudo que se passa no mercado de seguros e em geral, com o Brasil e o mundo, atualização constante também é fundamental.

5 - Qual a sua formação acadêmica? Como você se mantém atualizado com as mudanças e práticas que surgem a cada dia?

Sou bacharel em Direito pela FURB e estou concluindo este ano o MBA em Gestão Comercial pela FGV, e já penso em fazer outro. Se pudesse jamais iria parar de estudar. Estar atualizado é fundamental, seja pelos noticiários, portais especializados, cursos presenciais e on-line, revistas, enfim, são tantos os meios que hoje em dia a informação é muito rápida e você consegue acesso praticamente de forma instantânea também pelas redes sociais.

6 - Ao longo dos anos o mercado de seguros se transformou. Quais foram as principais mudanças que ocorreram durante seus anos de atuação?

Realmente muita coisa mudou e o que mais me chamou a atenção foram as mudanças tecnológicas, elas auxiliaram e auxiliam muito o dia a dia de quem atua no mercado de seguros. Antigamente tudo era tratado através do papel e pessoalmente. Hoje, quase tudo pode ser feito de maneira remota e digital. Podemos ter acesso a muita informação pelo celular. Os segurados, por exemplo, recebem suas apólices digitais. A carteirinha de plástico, apólice em papel e o livro das condições gerais impresso ficaram obsoletos, sem falar na sustentabilidade.

7 - Como integrante da Comissão Técnica Automóveis, quais são os maiores desafios e gratificações?

A porta de entrada do seguro por parte do consumidor, em sua grande maioria, é através de uma apólice de seguro de automóvel, portanto acaba sendo o mais utilizado e comentado, fazendo com que as companhias necessitem estar sempre atentas às normas e ao trabalho de seus prestadores de serviços, tais como: oficinas, reguladoras, entre outras. O desafio do momento creio que será a implementação do seguro popular. Ainda existem muitas dúvidas e pontos a ser esclarecidos, muita coisa deve mudar e tomara que isso agregue para as companhias.

8 - Como profissional responsável pela área de comunicação da Comissão, você acha que a informação é um elemento importante para o desenvolvimento do trabalho e integração dos profissionais?

Importantíssimo, como já citado, hoje em dia temos acesso à informação de maneira instantânea a toda hora e em todo local, estar atento ao que acontece é fundamental. Excelente iniciativa do SindsegSC em criar essa área, pois é um canal no qual podemos compartilhar informações com o grupo, e trazer determinado assunto para discussão na comissão, caso necessário.

9 - Você esteve presente na última edição do Diretor sem Fronteiras realizado em Blumenau, que trabalhou o tema “Fraudar é: enganar, lesar, ocultar a verdade”. Para você qual é a importância de participar dos programas de capacitação do SindsegSC?

Procuro sempre que possível participar dos eventos que são realizados pelo SindsegSC. Trata-se de um momento ímpar, em que temos a oportunidade de nos atualizarmos e de termos maior integração com outros profissionais do mercado. Nunca devemos pensar que já sabemos tudo e que não precisamos participar.

10 - Durante os anos de atuação os profissionais fazem amizades e escrevem histórias que irão levar para o resto da vida. Você se recorda de alguma história engraçada ou emocionante durante os anos de atuação?

São tantas, posso destacar duas, vividas na época que atuava com o atendimento a sinistros, uma área delicada, porém fundamental em nosso mercado, pois é a entrega do nosso “produto”. Eu me deparava diariamente com situações complicadas seja de um segurado ou terceiro, vítima de um acidente, mas durante a enchente de 2008 foi o período mais difícil, pois muita gente foi afetada. Lidar com aquela situação não foi fácil, porém era muito gratificante saber que o meu trabalho estava minimizando um pouco a perda das pessoas. Outra situação interessante era o retorno que ganhávamos dos clientes que ficavam satisfeitos com nosso trabalho, seja por palavras ou gestos de gratidão. Um deles, um senhor de idade avançada fez questão de um dia retornar ao escritório da companhia com um garrafão de cachaça de mel produzida por ele para nos presentear em contrapartida ao atendimento que prestamos. A cachaça era excelente! (Risos)

11 - A infância é uma fase de descoberta que dificilmente esquecemos. Qual a memória mais marcante que você tem desta época?

Os amigos que eu tinha na escola, muitas amizades se estendem até hoje e também pelas brincadeiras. Era uma fase muito boa. Na época não nos damos conta de quão importante é a infância para nosso desenvolvimento e às vezes tentamos apressar as coisas para logo ficarmos adulto, mas posso afirmar que aproveitei demais minha infância. Se eu pudesse, voltava atrás e fazia tudo novamente!

Livro: O Monge e o Executivo.

Filme/Série: curto todos os filmes da série 007, dos antigos aos novos.

Música: Thinking Out Loud – Ed Sheeran.

Esporte: corrida de rua.

Comida favorita: massas e carnes.

Mania: cozinhar pode ser uma mania? Pra mim é terapia.

Meu lema é...: “Sou eterno insatisfeito, sempre querendo fazer mais e melhor”.

Um dia perfeito: meu casamento.

Sou muito legal quando...: estou em casa sem nada pra fazer ou cozinhando.

Diante de novos desafios eu...: encaro, sem medo!

Quando estou parado no trânsito eu...: penso na agenda do dia e ouço rádio.

O que não gosta de ouvir: reclamações e negativismo dos outros.