Apesar das incertezas, 2021 pode ser bom para emergentes bem posicionados

A mediana das projeções do mercado para a economia brasileira em 2020 ficou praticamente estável, indo de -4,40% para -4,41%, com um piso de -6,54% atingido no fim de junho. Para 2021, o ponto-médio das expectativas para a variação do PIB permaneceu em 3,5%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada.

“Praticamente a única mudança relevante nas projeções divulgadas hoje foi o indicador do PIB parar de melhorar, o que vinha acontecendo há semanas. Fora isso, as incertezas em relação a 2021 ainda são tantas que grande parte dos analistas ainda está, no jargão popular, em modo de espera”, comenta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. 

“Todos aguardam o efeito do fim do auxilio. Teremos a em 12 meses inflação acelerando, a incerteza fiscal e também a questão das vacinas. Apesar disso, cresce no mercado um consenso de que pode ser um ano favorável para países emergentes em razão da demanda por commodities, bem como taxas de juros reais negativas em boa parte dos países. Isso pode compensar, ao menos em parte, o cenário interno negativo, com ingresso de investimentos e aumento das exportações”, avalia Simões. 

O IBC-Br, Índice de Atividade Econômica do Banco Central, divulgado hoje e, portanto, não refletido neste boletim Focus, teve alta de 0,86% em outubro, abaixo do esperado. Em setembro, o indicador teve alta de 1,68% (dado revisado de expansão de 1,29%).


>> Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg clicando aqui

Matéria publicada originalmente no Blog Sonho Seguro


Fonte: CNseg.