Economias dos EUA e da China lideram a retomada mundial, diz CEM da CNseg


Uma recuperação mais acentuada da economia mundial no segundo semestre do ano está entre as previsões do Comitê de Estudos de Mercado, da Confederação Nacional das Seguradoras - CNseg, apresentadas na reunião mensal de março. Os Estados Unidos, com previsão de alta do PIB de 6,5% neste ano, e a China, com 6% projetados, são os dois países que vão liderar a retomada. A Europa reúne também condições de apresentar alguma reação no ano. Todas as projeções dependem do ritmo de vacinação contra a Covid-19 e do efetivo controle da pandemia.

Inclusive no Brasil, onde três possíveis cenários são descritos pelos economistas Luiz Roberto Cunha, decano da PUC- Rio, e Pedro Simões, da CNseg - ambos membros do CEM-, a partir da vacinação. Um é de “Virada Liberal”; outro é de “Aceleração Populista”; por fim, há o quadro de “Mais do Mesmo”. 

O cenário de “Virada Liberal” prevê maior crescimento da economia, acompanhado de inflação mais alta, mas sob controle, a fim de gerar ações mais efetivas de resultados no ano eleitoral.

O de “Aceleração Populista”, capaz de produzir uma taxa de expansão do PIB mais pronunciada, às custas de maior deterioração fiscal, de inflação possivelmente mais alta e descontrole do câmbio, é o mais preocupante.

Por fim, o quadro de “Mais do mesmo”, com uma combinação dos dois cenários anteriores, resultados medianos e impacto eleitoral incerto.

Os dois especialistas fizeram também um balanço da economia nos primeiros meses do ano. Reconhecem que a corrida entre a Covid-19 e a vacinação continua a ser vencida pela doença, algo que travou a manutenção da retomada ensaiada no final do ano passado. Também destacam a queda nos índices de confiança, tendo em vista as maiores incertezas causadas pela crise sanitária, riscos políticos e fiscais, além de mais pressões por gastos. Ao mesmo tempo, lembram, o mercado de trabalho não dá sinais de vida, o que, ao lado do forte queda da renda, agravada pelo fim do auxílio emergencial no primeiro trimestre de 2021, repercute duramente no consumo, sobretudo no setor de serviço. A inflação mais alta e os juros são outros fatores preocupantes, até porque ambos ocorrem em um momento de contração da economia brasileira.

 

Fonte: CNseg.