Bradesco Seguros incorpora IA para agilizar o negócio

No setor de seguros, a tecnologia tem sido uma aliada das empresas, tanto para aprimorar a experiência de corretores como de consumidores. “As empresas estão, cada vez mais, intensificando o desenvolvimento de seus processos com inteligência artificial e sistemas com foco no omnichannel e multichannel”, apontou Rodrigo Herzog, superintendente-executivo de sinistros da Bradesco Seguros.

A inteligência artificial tem sido adotada no setor de seguros para, por exemplo, prover maior assertividade na orçamentação e avaliação de danos a um veículo. Em poucos minutos, segundo explicou Herzog, é possível produzir uma estimativa dos serviços que precisam ser realizados, como, por exemplo, reparos na lataria ou pintura, muitas vezes, sem a necessidade de intervenção manual. Desta forma, as seguradoras conseguem acelerar seus processos; as oficinas conseguem aumentar sua produtividade; e o consumidor recebe mais rapidamente o seu veículo.

No caso da Bradesco Seguros, Herzog contou que a empresa vem investindo cada vez mais na utilização da inteligência artificial como parte integrante dos negócios. O objetivo é otimizar a relação do segurado no momento do sinistro. “Para isto, estamos trabalhando no processo de análise de danos nos veículos, podendo até dispensarmos a necessidade de vistoria presencial, e redução de tempo necessário para a liberação dos reparos ou liberação da indenização integral”, detalhou.

Atualmente, a Bradesco Seguros utiliza a inteligência artificial em dois formatos: na orçamentação automática por fotos e na análise de sinistro para detecção de perda total (PT). Recentemente, a companhia anunciou investimento em inovação que contempla o uso de inteligência artificial na autorização de reparos e na detecção de perda total em automóveis.

As duas ferramentas, segundo o superintendente-executivo de sinistros, já estão em funcionamento em alguns Estados da região Sudeste e, até o fim de 2023, a expectativa é de o sistema contemplar as funcionalidades análises da dinâmica do evento e avaliação de culpabilidade. A Bradesco Seguros pretende entregar o sistema de IA completo até o segundo semestre de 2023.

Herzog explicou que a inteligência artificial, por meio de uma base de dados estruturada e tendo a ciência e a estatística como suporte, consegue avaliar, com assertividade, a extensão dos danos a um veículo. “Em poucos minutos, a tecnologia produz uma estimativa dos serviços que precisam ser realizados, como por exemplo, reparos na lataria ou pintura, muitas vezes sem a necessidade de intervenção manual. Desta forma, a seguradora consegue acelerar seus processos, as oficinas conseguem aumentar sua produtividade e o consumidor recebe de volta o seu veículo ou a sua verba indenizatória mais rápido”, ressaltou.

Perguntado se essa aplicação de IA se valeu de algum benchmarking, incluindo o chatbot BIA, do Banco Bradesco, o executivo disse que não há relação direta com a BIA, pois são utilizadas diferentes informações para construção do modelo cognitivo. “Entendemos que o que estamos construindo são diversos módulos cognitivos para acelerar o processo de decisão e, ao longo do tempo, alguns terão convergência e em outras não”, disse.

Além do caso de uso para otimizar a relação do segurado no momento do sinistro, a inteligência artificial tem sido usada na Bradesco Seguros para personalização de serviços. Um dos objetivos é fazer com que os processos e as tomadas de decisão dentro da companhia se tornem mais ágeis e efetivos. Atualmente, a Bradesco Seguros utiliza a inteligência artificial na definição de coberturas e orçamentação de avarias a veículos e faz uso de robôs (bots) nas jornadas da BIA (IA da Bradesco) e atendimento via Whatsapp para corretores e clientes, como por exemplo, na consulta de apólices e parcelas em atraso para automóvel e residencial.

Em outras frentes, há a meta de construção de todos os serviços para informações consultivas nem a necessidade de interação com alguém agilizando o atendimento, e principalmente construindo estas jornadas em todos os canais. “Com as novas entregas, a seguradora poderá reduzir em até 10% o tempo de devolução de um automóvel, a partir do acionamento de um sinistro”, completou Herzog.

Fonte: CQCS