Quais são as perspectivas para a previdência privada no primeiro semestre?

Para o vice-presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e da área de Vida e Previdência da SulAmérica, Renato Russo, o setor de previdência privada tem uma expectativa de crescimento de mais de 10% no primeiro semestre de 2009. Diante deste cenário, o que as entidades gestoras dos planos de previdência complementar podem fazer para conseguir mais adesões? "No curto prazo, as entidades gestoras de previdência complementar aberta podem aumentar o seu leque de produtos com a segmentação, possibilitando mais alternativas para diversos tipos de públicos. Divulgar mais informações sobre os planos de previdência privada para as pessoas é também fator relevante para aumentar a atrair um maior volume de consumidores". Russo ressalta, ainda, que os preocupantes índices de déficit da previdência social despertam um interesse maior em investir em previdência complementar. Outro fato que pode ajudar, na opinião de Russo, é a queda das taxas de juros, que torna mais evidentes as vantagens fiscais dos produtos. A crise Russo desataca que, em tempos de crise, a ameaça do desemprego e imprevisibilidade do mercado tornam os investidores mais conservadores e mais focados no curto prazo. "A previdência, em tempos de crise, funciona como uma espécie de lembrete para as pessoas se planejarem financeiramente para o futuro". Fusões Recentemente, o banco Santander anunciou a compra da Real Tokio Marine Vida e Previdência. Será que as consolidações das entidades dos planos de previdência privada podem diminuir a concorrência? "Minha impressão é que isso não acarreta uma maior concorrência no mercado de previdência privada no Brasil e a tendência é que o público tenha mais e melhores produtos". Segmentos Quando questionado sobre as causas do crescimento dos planos para menores, Russo revela que isso acontece, principalmente, por dois motivos: o grande potencial do segmento e também o baixo comprometimento da renda familiar para fazer as contribuições. "O Brasil tem um potencial gigante de crescimento nesse setor devido a dois fatores: o grande número de crianças que nascem anualmente no País, o tamanho da classe média no Brasil e a possibilidade de se fazer um plano para o futuro da criança com um aporte mensal muito baixo". Em relação ao crescimento dos outros setores de previdência privada, Russo destaca que é preciso provocar mais interesse no segmento empresarial, conquistando mais adesões das médias empresas, para que essas ofereçam esse benefício aos seus funcionários. Fonte: InfoMoney