Cliente de baixa renda é alvo das seguradoras

O crescente interesse da população de baixa renda por produtos de seguros faz instituições financeiras e companhias de seguros buscar estratégias diferentes para alcançar essas camadas sociais. Enquanto o primeiro aposta na crescente bancarização dessa população, para vender produtos de seguros a esses novos correntistas, as seguradoras buscam na diversificação de canais meios de chegar a essa população. Como comparação, o crescimento do setor de seguros, como um todo, para este ano, é estimado em aproximadamente 15%. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o crescimento nos prêmios ganhos pelas seguradoras chegou a 10% em agosto, ante dezembro do ano passado, a R$ 3,32 bilhões. Além disso, uma comissão formada por agentes públicos e privados estuda uma regulação para possibilitar o microsseguro, com um mercado consumidor inicial estimado em até 100 milhões de pessoas. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho de Microsseguros, Regina Simões, a estrutura utilizada é a mesma, porém os produtos devem ser desenhados para um público específico. "Uma das especificidades, por exemplo, é a necessidade de um prazo de pagamento de sinistro mais curto". O País irá receber conferência internacional para debater o assunto no próximo mês, com projeção de regulação específica em 2010. Grandes Riscos Assim como nas classes de baixa renda, o País também se prepara para uma expansão nos chamados seguros de grandes riscos. Para isso, o país irá buscar expertise na conferência anual da Associação Internacional de Seguradoras de Riscos de Engenharia (Imia). O diretor de Grandes Riscos da Allianz Seguros, Ângelo Colombo, que irá participar como representante nacional da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), diz que o interesse imediato do setor no País é adquirir conhecimento para fazer frente aos projetos que demandarão seguro no leilão de energia que ocorrerá em novembro. "Precisamos do Imia para ajudar na questão de como se viabilizar seguros em segmentos em que ainda não possuímos estatística, como é esse caso". Como comparação, ele cita que o País possui hoje turbinas geradoras de eletricidade com capacidade de 1,5 megawatt. "Esses projetos demandarão turbinas de 3 ou 4 megawatts". Estamos em uma fase muito embrionária, continua ele, e vamos precisar desse expertise. "O Brasil, tem pouco conhecimento formal, e a Imia é uma forma de transferi-lo", finaliza. Fonte: DCI OnLine