Previdência privada mantém expansão de quase 22% até agosto

Os brasileiros estão cada vez mais previdentes. E os novos números de previdência privada não deixam dúvidas disso. Tanto que a arrecadação avançou 21,90% no acumulado de janeiro a agosto de 2011, somando R$ R$ 33 bilhões em novos aportes em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. De acordo com a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), a arrecadação é a maior dos últimos três anos.

O destaque no acumulado do ano por modalidade de produto, segundo a entidade que reúne 64 seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar no País, ficou por conta dos planos individuais, que acumularam R$ 27,7 bilhões no período e obtiveram alta de 22,17% no volume de aportes. “A preocupação com a renda futura está se fixando na agenda dos brasileiros. A expansão dos volumes de arrecadação mostra que a cultura de poupança de longo prazo já é uma realidade para os indivíduos, que estão aproveitando o aumento da renda para compor reservas”, diz Marco Antonio Rossi, presidente da FenaPrevi.

Outros produtos como planos empresariais e para menores também tiveram crescimento expressivo no acumulado. Os planos corporativos arrecadaram R$ 4,2 bilhões (alta de 20,52%), e planos para menores tiveram expansão de 20,43%, recebendo aportes de R$ 1 bilhão.

A expansão foi forte também na análise de arrecadação mensal. Em agosto o sistema recebeu investimentos de R$ 4,2 bilhões, volume 9,12% maior que o verificado no mesmo período do ano passado. Neste mês, os planos para menores cresceram 20,73%, com R$ 146,8 milhões em aportes. Os planos individuais registraram R$ 3,5 bilhões, 8,90% superior a agosto do ano passado, e planos empresariais, por sua vez, arrecadou R$ 542,5 milhões e expandiu 7,76%.

VGBL DISPARA. Na análise por tipo de plano, o VGBL, indicado principalmente para quem não declara Imposto de Renda pessoa física pelo modelo completo de declaração anual de ajustes, foi o produto com maior volume de arrecadação. A modalidade cresceu 25,56% e o volume de depósitos totalizou R$ 26,8 bilhões. Já o PGBL, voltado para quem utiliza o modelo completo da declaração anual de ajustes do IR pessoa física, arrecadou R$ 4 bilhões, alta de 13,48% na comparação ao mesmo período do ano anterior. Já os planos tradicionais totalizaram aportes de R$ 2,1 bilhões, apresentando leve queda de 0,31%.

Com o desempenho da previdência privada aberta no acumulado, a carteira de investimento do sistema (total de recursos das diversas modalidades de ativos) alcançou o patamar de R$ 251,4 bilhões no período, volume 22,41% maior que os R$ 205,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. De acordo com o balanço da Fenaprevi, a carteira do VGBL obteve alta de 30,26%, passando de R$ 110,9 bilhões para R$ 144,5 bilhões. Já o PGBL cresceu 15,79% no período. A carteira do produto passou de R$ 53 bilhões para R$ 61,4 bilhões. Por fim, a carteira de planos tradicionais passou de R$ 40,8 bilhões para R$ 44,9 bilhões, alta de 9,98%. Os demais produtos, FAPI, PRGP, VRGP, alcançaram R$ 515,3 milhões, apresentando leve alta de 2,44%.

PROVISÕES. Já os recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta apresentaram saldo de R$ 242,9 bilhões e alta de 23,28% no período. No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 197 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no mês entre os planos de maior representatividade, 30,15%, passando de R$ 111,3 bilhões para R$ 144,9 bilhões. O PGBL cresceu 16,25% no período e as reservas do produto passaram de R$ 52,4 bilhões para R$ 61 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 32,6 bilhões para R$ 36,4 bilhões no período, alta de 11,44%.

Com relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de depósitos no sistema de previdência complementar, com 59,67% do total, seguidos pelos PGBL, com 25,12% do volume total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 15% do volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os Fapi - completam a equação, com 0,21%.

Fonte: Portal Viver Seguro