Governo decide combater uma das principais causas de óbito: o AVC

O governo decidiu atacar uma das principais causas de óbitos. A partir de uma nova portaria do Ministério da Saúde busca reduzir as mortes e sequelas provocadas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença que tem 300 mil novos casos por ano no País. O pontapé inicial será o 8º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, evento que ocorre entre 2 e 5 de maio, em São Paulo (SP) e que reunirá cerca de 5.000 especialistas.

Em pauta, as principais questões que envolvem a doença, os mecanismos que estão sendo criados para reduzir os índices de mortalidade e as estratégias para reduzir o impacto financeiro aos cofres públicos. Altamente incidente, o problema traz conseqüências negativas não só para quem sofre da doença, mas também para o sistema público de saúde. O custo por internação do AVC isquêmico é de quase R$ 4 mil, valor que chega a dobrar nos casos hemorrágicos. Estima-se que no Brasil a cada ano ocorram 120 mil internações, incluindo os dois casos, números, entretanto, que não englobam as despesas com diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente.

“Uma nova portaria do Ministério da Saúde publicada neste mês prevê a redução dos números de internação e dos gastos com pacientes. A estratégia do governo é focar no atendimento de emergência e no tratamento mais eficaz. A portaria 665/2012 prevê a criação de centros de referência no tratamento aos pacientes com AVC e na adoção de novos procedimentos, que diminuiriam de 20 a 30% os índices de mortalidade e em até 40% as sequelas”, revela o médico-neurologista, Rubens José Gagliardi, chefe da clínica neurológica - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SP).

Todo ano, aproximadamente 95 mil pessoas no Brasil morrem em decorrência do AVC, que é a principal causa de óbitos e de sequelas em adultos. Somente 20% dos pacientes acometidos pela doença vivem sem alguma sequela. O tema também é pauta da Organização Mundial de Saúde (OMS) que recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença, com o objetivo de colocar o assunto em destaque na agenda global de saúde.

Fonte: Viver Seguro OnLine