Jurado do Prêmio da CNseg ministra palestra sobre inovação para colaboradores da Confederação

O que é inovação e por que é importante? Para responder tais perguntas, o professor Marcos Augusto Vasconcellos apresentou, ontem, dia 21, no auditório da Escola Nacional de Seguros, no Rio de Janeiro, palestra a convite da CNseg.

Marcos Vasconcellos, que também é coordenador emérito do Fórum de Inovação da Fundação Getúlio Vargas e membro do júri da 4ª edição do Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, organizado pela CNseg, explicou que inovação surge de uma ideia que se transforma em ação e gera resultados positivos. No caso de inovação em organizações, não basta que seus resultados sejam positivos para os sócios, acionistas e demais atores envolvidos, se não for realizado com responsabilidade social e dentro de um prazo razoável.

Para ele, uma inovação não precisa ser, necessariamente, inédita dentro de um contexto de conhecimento universal, mas sim dentro do contexto particular em que está inserida, podendo se manifestar em um novo modelo de negócio ou organizacional, processo ou produto, mas sempre por meio de equipes de pessoas, que são invariavelmente os agentes de inovação e mudança.

E entre as organizações que devem buscar a inovação para se tornarem competitivas, podemos incluir os países e, nesse caso, não é muito positiva a avaliação do Brasil, que se encontra em 58º posição em capacidade de inovação no ranking da Global Inovation Index, em um universo de 141 países avaliados. E como, segundo o professor Marcos Vasconcellos, inovação e competitividade andam sempre juntas, não surpreendentemente o Brasil encontra-se em 48º lugar em competitividade no ranking de Fórum Econômico Mundial, que avaliou 141 países e nos colocou no mesmo nível de nações como Albânia e Jordânia.

Mas é possível modificar esse quadro? Marco Vasconcellos acredita que sim, mas desde que o Brasil enfrente uma série de questões, tais como a alta carga de impostos, a burocracia para iniciar um negócio, os desperdícios no setor público, a baixa qualidade da infraestrutura de transportes, mas, acima de tudo, a deficiência na educação brasileira, que se manifesta desde o nível básico ao superior, gerando anualmente um número enorme de analfabetos funcionais, sem a capacidade de entendimento mínimo, por exemplo, de fundamentos da matemática e ciências.

Fonte: CNseg