Revitalização do Centro de Blumenau vai dar prioridade aos pedestres e ciclistas

Reformular uma cidade para que ela passe a dar prioridade às pessoas, e não às máquinas, é uma tarefa complexa, mas não impossível. A discussão da revitalização do Centro de Blumenau é antiga e agora começa a dar os primeiros passos para mudanças práticas: a Secretaria de Planejamento apresenta nesta quarta-feira o projeto de reurbanização da região central e as mudanças que serão feitas no trânsito.

De acordo com informações da prefeitura, a Alameda Rio Branco e a Rua Nereu Ramos serão transformadas em vias de mão única e formarão um binário: a primeira terá fluxo bairro-Centro e a segunda seguirá do Centro para o bairro, a partir do cruzamento com a Rua XV de Novembro. Além disso, em cada cruzamento com as transversais serão construídas travessias elevadas. O objetivo é melhorar a acessibilidade e a segurança para os pedestres, já que as estruturas obrigam os motoristas a reduzirem a velocidade.

Outra mudança é a instalação de ciclovias nas duas ruas. Para isso, a maior parte do estacionamento será retirada: a Alameda deve ter vagas apenas de um lado e na Nereu Ramos todas os espaços devem ser retirados para dar lugar à faixa das bicicletas.

– A tendência, não só em Blumenau e no Brasil, mas no mundo é o desestímulo ao uso do automóvel e o incentivo a outras formas de deslocamento, como o uso de transporte público e, claro, a bicicleta. E ao implementar ciclovias perdem-se vagas de estacionamento – afirma o secretário de Planejamento, Juliano Gonçalves. Na etapa de implantação das ciclovias será feita a recomposição das calçadas.

A Rua Nereu Ramos também será contemplada com uma região denominada de "área calma", localizada no final da via e que terá velocidade máxima de 30 km/h.

Segundo Gonçalves, as obras serão divididas em duas etapas. A primeira compreende desde a instalação das redes de esgoto e água, feitas pela Odebrecht e pelo Samae, até a conclusão do sistema viário com asfaltamento e sinalização novas das duas vias. Esta fase já está em andamento, tem previsão de conclusão entre final de janeiro e início de fevereiro de 2016 e deve custar cerca de R$ 3 milhões.

As calçadas e ciclovias serão feitas na segunda etapa de obras, com recursos do PAC de aproximadamente R$ 1,9 milhão. O secretário explica que o recurso está garantido e que estão sendo feitos trâmites burocráticos para liberação pela Caixa Econômica Federal, para que a obra possa ser licitada. A expectativa é executar o projeto em 2016.

Fonte: Diário Catarinense

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