Sistema de detecção de incêndios: um aliado contra riscos de vidas e patrimônios

Segundo o Instituto Sprinkler Brasil (ISB), organização que se dedica à divulgação de informações relacionadas ao combate a incêndios por meio da utilização de chuveiros automáticos (sprinklers), o número de ocorrências de incêndios estruturais (edifícios comerciais e indústrias) aumentou 33% em 2015, se comparado ao mesmo período do ano anterior, somando 711 casos contra 534 contabilizados de janeiro a junho. A pesquisa aponta que o maior número de ocorrências aconteceu em edifícios comerciais (31% em lojas, supermercados e shopping centers), seguido por indústrias (18%) e depósitos (12%). Os 11% dos casos restantes concentraram-se nos chamados locais de reunião de público (igrejas, teatros, aeroportos, clubes, estádios, casas noturnas, restaurantes, bibliotecas, etc). Foi apontado, ainda, que o Estado de São Paulo é líder de ocorrências noticiadas, seguido por Minhas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Nestes dados, foram excluídos os incidentes ocorridos em residências e florestas. Importante salientar que eles representam de 2% a 3% dos incêndios que ocorrem de fato, devido à indisponibilidade de números oficiais e à inexistência de um órgão nacional que se responsabilize pela compilação destes dados.

As principais causas de incêndios estruturais estão ligadas à falta de manutenção preventiva dos sistemas, à qualidade dos equipamentos e materiais utilizados na obra e projetos mal elaborados. Somado a isto, a legislação anti-incêndio no Brasil ainda é falha. É necessário unificar as normas existentes e torná-las mais rígidas, visando a diminuição da incidência de incêndios.

Arcar com os custos de um incêndio não significa somente realizar reparos ou reformas na propriedade. Se uma fábrica é seriamente danificada, por exemplo, os danos podem implicar na interrupção dos negócios durante meses, causando mais prejuízos financeiros. Os prejuízos morais e de responsabilidade civil são outro ponto delicado: mortes causadas por incêndios ainda estão em um patamar relativamente baixo; por outro lado, o número de lesões e ferimentos causados por incêndios é alto e, muitas vezes, graves à saúde do indivíduo.

O que compõe um Sistema de Detecção de Incêndio: central e seus dispositivos

Empresas de todos os perfis e operadores de armazéns, depósitos e outros devem mais do que obrigatoriamente investir em sistemas de prevenção e detecção de incêndios. São soluções que devem atender às normas técnicas e legislações enquanto a sua instalação e manutenção, e serem elaboradas dentro de um projeto de detecção de riscos por um profissional qualificado. Se contabilizado, esse investimento gera retorno financeiro, previne catástrofes e salva vidas.

Um sistema de detecção de incêndio é composto por vários equipamentos e dispositivos. A Central de Detecção e Alarme de Incêndio Endereçável é responsável por receber a informação dos equipamentos que detectam o incêndio e, em caso de uma situação de alarme, acionar os sinalizadores. Além disso, ela monitora e verifica falhas de funcionamento, entre outras funções.

Os Detectores de Fumaça verificam indícios iniciais de fogo e comunicam a central. Detectores de fumaça confiáveis reduzem disparos de alarmes falsos. Quando em sinistro, eles enviam uma mensagem automática à central de alarme de incêndio, informando a sua localização exata através do endereço definido na chave seletora. Eles são eficientes, de fácil instalação e manutenção e capazes de detectar partículas de fumaça produzidas por inúmeras fontes de combustão.

O Acionador Manual Endereçável é outra solução muito eficaz para sistemas de detecção de incêndios. Ele possui um interruptor que, quando tem o seu vidro quebrado, aciona o alarme de incêndio. Em seguida, ele manda um sinal automático, informando o seu código de localização à central de alarme de incêndio. Este tipo de dispositivo possui grau de proteção, é recomendado que o projetista preste atenção se o grau de proteção está condizente com o ambiente que o produto será instalado.

A sinalização de funcionamento, geralmente, se dá através de dois LEDs e uma sirene interna para alarme. Se o LED está verde, o sistema está funcionando; se está vermelho, significa sinal de fogo e alarme.

O Avisador Visual e Sonoro este é o dispositivo que informa a condição do alerta ou incêndio para que as pessoas presentes possam abandonar o local. Os modelos mais encontrados no mercado são os audiovisuais que quando acionado, emite uma luz vermelha e um sinal sonoro, ao mesmo tempo. Existem outros tipos de sinalizadores, que podem ser somente sonoros ou visuais, a escolha do item vai depender do tipo de aplicação e do ambiente, certamente o modelo será especificado pelo projetista.

Cabos blindados são cabos desenvolvidos para alimentação de sistemas de detecção e alarme de incêndio, evitando que interferências externas prejudiquem os sinais transmitidos. Fique atento, pois eles devem possuir blindagem, caso não, devem ser instalados em eletrodutos metálicos, calhas e bandejamentos metálicos fechados, exclusivo para o sistema de alarme de incêndio.

Fontes: Olhar Digital | SindsegSP | Brasil Engenharia | Sprinkler Brasil

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