CNseg lança o Programa de Educação em Seguro para empoderar consumidor

Márcio Coriolano, presidente da Confederação CNseg, faz o pré-lançamento do Programa Educação em Seguros. O objetivo do programa é tornar o setor mais conhecido não só da população e empresas, como também dos técnicos do governo, de associações, de órgãos de defesa do consumidor, do poder judiciário entre tantos outros. Enfim, de todos. Como diz Paulo Freire, educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”, enfatiza.

Para dimensionar o mercado segurador brasileiro, Coriolano traz dados estatísticos de 2015. Cita que as vendas totalizaram R$ 350 bilhões em 2015, o que representa 6,2% do PIB, o que confere ao Brasil o primeiro lugar no ranking de seguros da América Latina e o 13o. no mundo. As indenizações somaram R$ 229 bilhões no ano passado, o que equivale a uma vez e meia o PIB do Uruguai, destaca o executivo. Em reservas técnicas, o setor acumula R$ 789 bilhões, aplicados predominantemente em títulos de renda fixa.

Cerca de 82% das vendas são provenientes de companhias nacional e 18% de estrangeiras. Outro dado interessante sobre o perfil do setor no Brasil é que 52% das vendas provêm das seguradoras ligadas a bancos e 48% das independentes. Em ramos, saúde representa 40%, VGBL 23,6%, auto 8,9%, vida 3,4% e ramos elementares com 2,7%. O crescimento real entre 2011 e 2015 foi de 6,8% e o crescimento nominal 11,4%.

A boa notícia para todos é que os números do setor podem ser ainda mais robustos. Isso porque há apenas 25% da população tem planos de saúde, 26% de carro, 14% de residências têm seguro e só 15% da área cultivada tem seguro agrícola. “Esses números mostram que as seguradoras ainda têm muito a conquistar”, afirma.

Neste panorama, lançar um programa de educação — com ampla divulgação sobre como funciona o seguro, quais as proteções que são ofertadas, como identificar os riscos aos quais se está exposto e ter informações relevantes para tomar uma decisão consciente na hora da compra — é o grande aliado das seguradoras. “Ter consumidores conscientes e empoderados é a aposta mais sustentável e de longo prazo que um setor pode fazer”, argumenta.

Entre os desafios do setor que balizaram os pilares do programa, Coriolano destaca a importância em fornecer informações relevantes aos consumidores e à sociedade em geral na tomada de decisão em relação a compra de proteção financeira. “Muitas pessoas ainda desconhecem os riscos a que estão expostas e que há disponível no mercado segurador coberturas para mitigar perdas que podem mudar o curso de vidas, de governos ou de empresas”, comenta.

São 21 ações intituladas de transformadoras, que atuarão nas mais variadas frentes, mas que no geral visam ampliar o conhecimento e a percepção sobre seguros e sua importância na vida pessoal, familiar e em toda a sociedade, incluindo cartilhas para a população, dados relevantes do mercado mundial ao Ministério da Fazenda, dados locais aos órgãos de defesa do consumidor, ao poder judiciário entre tantos outros envolvidos com o setor”.

Entre as ações do programa há livretos, games interativos, radio web, seminaries, campanhas na mídia, pesquisa de mercado, simuladores financeiros, entre outras iniciativas voltadas para a educação. Para aqueles que sentem falta da CNseg nas redes sociais, a estreia está prevista para meados de setembro, incluindo ai conteúdo institucional no Facebook, Linkedln, Youtube e muito mais. Um dos objetivos é reduzir em 20% o volume de reclamações dos consumidores sobre o setor até 2020. “É um programa que tem começo, mas não tem fim”, finaliza Coriolano.

Fonte: Sonho Seguro | CNseg