MAPFRE Investimentos: PIS/COFINS de combustíveis eleva projeções de inflação

Na última quinta-feira, 20 de julho, foi anunciado pelo Ministério da Fazenda o aumento de impostos em combustíveis. O preço por litro de gasolina, item que mais sofreu com a alta de tributos, ficou 41 centavos mais caro por litro abastecido pelo consumidor. O impacto inflacionário deve ser observado com maior intensidade apenas em agosto, dado que em julho o aumento de preço tem impacto reduzido por atingir apenas a última semana do mês.

Quando a movimentação de preços de combustíveis é analisada, principalmente nos últimos meses, é possível perceber que existe uma tendência inflacionária decrescente por conta da política de reajustes da Petrobras, de atualização praticamente diária de preços. O saldo líquido de impacto inflacionário que o aumento de tributos terá na inflação também dependerá do vetor de preço que a empresa estatal faz para combustíveis. Avaliando os preços de gasolina, a partir de 30 de junho é possível perceber uma queda de 8,4%. Portanto, o efeito líquido do impacto inflacionário esperado para combustíveis pode ser menor do que o esperado.

A perspectiva para a inflação de julho continua no mesmo sentido: alimentação como vetor deflacionário principal, justificado pela safra recorde deste ano. Apesar de não capturado pelo IPCA-15 divulgado na semana passada, o mês de julho também compreende aumento das tarifas de energia elétrica, por conta da alteração da bandeira tarifária de verde para amarela. A projeção para a inflação fechada de julho é de 0,23%, de forma que já incorpora, em menor escala, o efeito inflacionário dos impostos em combustíveis.

Avaliando o núcleo de inflação, a projeção é que os componentes de serviços apresentem menor crescimento na leitura de julho em relação ao mês anterior. Na verdade, o efeito, tanto do aumento das tarifas de energia quanto dos impostos de combustíveis contribuem para um cenário de inflação maior para o mês de agosto. Esses componentes influenciam diretamente o custo de serviços, que provavelmente serão repassados ao consumidor.

Normalmente, quando se observa os dados do mês de julho, é possível notar aumento da inflação, principalmente de serviços, por conta do efeito de férias escolares. A perspectiva de IPCA para 2017 permanece em 3,9%, abaixo do centro da meta do ano.

Gestão

Semana passada seguiu a tendência de liquidez reduzida, devido às férias de verão no hemisfério norte e o recesso parlamentar e judiciário no Brasil. Nos Estados Unidos, destaque para a renúncia de um dos assessores mais próximos do presidente Donald Trump, fato que gerou tensão e um movimento de realização dos mercados americanos. O dólar vem sofrendo um movimento global de desvalorização frente às principais moedas, em decorrência dos atritos políticos que o presidente dos EUA vem enfrentando junto ao congresso. Com isso, a moeda registrou queda na semana de 1,19% frente ao real, encerrando o período cotado a R$ 3,1424.
Mercado de renda variável

O Ibovespa passou por uma realização de lucros, com queda de 1,15%, encerrando a semana com 64.684 pontos. O movimento de queda das commodities influenciou a correção do principal índice da bolsa brasileira, com destaque para o setor siderúrgico e de alimentos. Pelo lado positivo, destaque para as ações da Braskem, após a notícia da intenção da Petrobras em se desfazer de sua participação na empresa. Notícias de mercado apontam para diversos interessados na aquisição da fatia da estatal na petroquímica, que encerrou a semana com valorização de 7,42%. A semana será bastante movimentada com o início da temporada de balanços, com destaque para quinta-feira, quando empresas de peso do Ibovespa divulgarão seus números trimestrais.

Mercado de renda fixa

Apesar do aumento de impostos (PIS e COFINS) sobre os combustíveis e seus impactos na inflação, a curva de juros seguiu o movimento de queda, de olho na reunião do COPOM desta semana. Os destaques da semana foram: Jan18 queda de 13,5 pontos; Jan19 queda de 20 pontos; Jan21 queda de 26 pontos; Jan23 queda de 22 pontos; Jan25 queda de 22 pontos.

SOBRE A MAPFRE - A MAPFRE Brasil, no país desde 1992, é parte do grupo espanhol que forma uma das maiores empresas de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro, de saúde e pesquisa do mundo. Sólida e inovadora, está presente na Europa, Ásia, África e América. Especialista nos segmentos em que atua, a MAPFRE Brasil opera com bases de negócios sustentáveis e é dividida em unidades de Investimentos, Consórcios, Capitalização, Previdência e Vida Resgatável, Saúde, Assistência e Pesquisa e Desenvolvimento (CESVI Brasil). A companhia ainda mantém a Fundación Mapfre, instituição sem fins lucrativos, que promove e desenvolve atividades de interesse geral da população. AMAPFRE Investimentos é especializada na gestão de fundos de investimentos para os segmentos de pessoa física, jurídica e institucional, totalizando hoje um volume superior a R$ 10 bi.

Fonte: CDN Comunicação