Em matéria do Valor Econômico, Presidente da CNseg aponta preocupação com a introdução de ente privado na regulação do setor

A edição desta segunda-feira, dia 28, do Jornal Valor Econômico informa que a Susep pretende utilizar empresas privadas, denominadas de câmaras registradoras, para auxiliar o trabalho de supervisão do setor segurador. 

O modelo, denominado de Sistema de Registro de Operações (SRO), é inspirado na regulação do Banco Central e pretende se tornar a espinha dorsal do sistema de prestação de contas das seguradoras. A alegação é que o sistema dará ao regulador acesso a informações das seguradoras em tempo real, facilitando o controle de riscos. 

As matérias informam que a adoção do SRO começa em novembro no seguro garantia, e se estende ao longo de três anos, partindo dos grandes riscos até os ramos massificados. Nesse período, a intenção da Susep é ir desligando o FIP, sistema por meio do qual recebe informações das empresas atualmente. 

De olho na oportunidade, já são três as empresas que disputam a primazia das operações:  Cerc, B3 e CSD. Cada uma com uma proposta diferente.

Ouvido na reportagem, o Presidente da CNSeg, Marcio Coriolano, entende que o SRO pode melhorar a fiscalização da Susep, mas vê com preocupação os lapsos ainda existentes sobre o poder das registradoras: “Está se introduzindo na regulação do mercado de seguros um ente privado. Isso precisa estar muito bem normatizado”, afirmou, concluindo que “não há como admitir que a regulamentação estatal crie um novo negócio lucrativo com base em informações sigilosas”.


Fonte: CNseg.