Webinar da Sancor aborda economia, mercado e planejamento


A Sancor Seguros realizou o webinar Sancor Talks no final da tarde de quinta-feira (18) no canal da Seguradora no Youtube. Na pauta da atividade virtual o debate sobre os rumos da economia brasileira e sua relação com as ações que a Sancor pretende realizar em 2021.

Participaram do evento quatro expoentes da Companhia: o Superintendente Comercial e Markeitng, Rosimário Pacheco; o Diretor Técnico e Agro, Wady Cury; o Diretor Geral, Fernando Alloatti; e o Coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica, Fernando Ortega. 

Na abertura da live o Superintendente Comercial e Markeitng, Rosimário Pacheco enalteceu o propósito do bate papo, explicando que o encontro virtual pretende abordar quais os caminhos que a empresa almeja seguir, bem como qual é a visão da Companhia sobre o mercado de seguros no Brasil: “queremos apresentar aos diversos agentes do mercado segurador uma expectativa realista dos negócios e das diretrizes da Seguradora para esse ano”.

Economista de formação, Fernando Ortega abordou os principais aspectos macroeconômicos, o mercado, a visão da empresa em nível de Brasil, as perspectivas e o planejamento da Seguradora para 2021. Ao falar sobre o atual momento econômico, o Coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica da Sancor apresentou demonstrativos de dois fatores que travam a retomada do crescimento brasileiro. E o primeiro deles está ligado ao ambiente de negócios. “Atualmente no mundo existem 123 países onde é mais fácil fazer negócios do que em nosso nação. E as razões para essa dificuldade passam pelo custo Brasil, burocracia, carência de infraestrutura, além de problemas nos marcos regulatórios”, explicou Ortega. O economista considera que o segundo entrave ao desenvolvimento da economia está relacionado ao problema fiscal, já que o país gasta mais do que arrecada. “Até o ano de 2013 apresentávamos superávit. Entretanto a partir de 2014 começamos a patinar em termos de PIB. Isso atrapalha e/ou impede o Brasil de crescer. De acordo com o relatório Focus existem projeções que chegaremos ao ano de 2023 com o chamado problema fiscal”, pontou.

Na avaliação de Ortega, diante da atual situação a solução está na realização das chamadas reformas. “As medidas que necessitam ser implementadas são as reformas administrativa e tributária. Esta última simplificará a apuração e o recolhimento de tributos no país. Uma recente pesquisa de uma universidade inglesa demonstrou que o Brasil é o pior país do mundo para se pagar impostos”, ressaltou o economista que considera a agenda de reformas brasileira positiva como a reforma trabalhista e da previdência, mas que ainda não está na velocidade desejada.

Segundo o Coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica a recessão atual que foi provocada pelo novo coronavírus serve para acelerar a necessidade de implantação das reformas necessárias. Por fim, Ortega comentou sobre o potencial existente de crescimento do PIB caso o processo de vacinação seja acelerado: “A aplicação das vacinas de combate à Covid-19 ainda está lenta. Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV afirma que se forem vacinados pelo menos 70% da população ainda no primeiro semestre, o PIB poderá crescer em até 8%. Eu acho um pouco exagerado, embora seja inegável o potencial de crescimento”.

Ele ainda apresentou outros dados referentes às expectativas de macroeconomia, como dólar comercial, variação real do PIB, inflação (IPCA) e juros, observando que todos esses índices impactam o mercado de seguros: tenho bastante otimismo em relação a recuperação econômica brasileira”. Especificamente sobre o mercado e o planejamento da Sancor, Ortega abordou aspectos macroeconômicos apresentando o prêmio emitido e o crescimento nominal da Companhia de 2015 a 2020. “Em termos de mercado de seguros temos o potencial de dobrar a participação do PIB no Brasil”.

Wady relembrou que os seguros agrícola e rural vem crescendo de maneira bastante acentuada nos últimos 10 anos. “Especificamente o seguro agrícola está relacionado a importância da agricultura no crescimento populacional. E o governo tem incentivado muito o desenvolvimento dessa modalidade de seguro subvencionando-o, já que ele tem um papel essencial na segurança alimentar”.

O Diretor Técnico e Agro da Sancor explicou de que maneira a Companhia poderá contribuir com a gestão do seguro agrícola num país de dimensões continentais e de que forma será possível auxiliar os corretores especializados nesse nicho de mercado que vem crescendo significativamente. “A resposta vem através da tecnologia. Poderemos gerir esses riscos através do monitoramento por satélite e fazer o reconhecimento das áreas, da tipologia dos solos e do clima de cada região e das características que particularizam o Brasil, para poder ajudar nossos corretores em vários aspectos, principalmente na precificação e na gestão dos riscos”.

Na opinião do Diretor Geral, Fernando Alloatti, a consciência seguradora é muito importante e, nesse quesito, ele enalteceu o papel do Estado em incentivar o seguro agrícola através da subvenção. “Com essa medida essa modalidade de seguro cresce muito mais, além de o governo federal estar protegendo parte do PIB do país”.


Fonte: Seguro Gaúcho.