Patrick de Larragoiti faz prognóstico positivo para mercado segurador este ano

Ainda que possa haver alguma desaceleração em relação a 2010, o mercado segurador brasileiro deverá manter um crescimento vistoso também este ano. A afirmação é do  presidente do Conselho de Administração da SulAmérica e 1º vice-presidente da CNSeg, Patrick de Larragoiti Lucas, ao fazer um diagnóstico do setor a jornalistas brasileiros e estrangeiros presentes à entrevista coletiva que precedeu a abertura da Assembleia Geral da Geneva Association, realizada no Rio de Janeiro até hoje. De qualquer forma, o mercado nacional manterá uma taxa de expansão bastante superior à do PIB brasileiro. Nos últimos três anos, tal alta superou em três vezes a variação percentual do PIB. Neste período, o mercado teve crescimento anual de 15%, uma boa performance gerada pela expansão da economia, do consumo das famílias e melhora da renda dos trabalhadores.

Patrick de Larragoiti, membro da Geneva Association, é um dos anfitriões, ao lado da Bradesco Seguros e IRB-Brasil Re, do encontro de dois dias da entidade internacional, que ocorre pela primeira vez no País e reúne os principais CEOs de das maiores seguradoras e resseguradoras do mundo, no hotel Sofitel, na cidade do Rio de Janeiro. Um dos temas de discussão é a possibilidade de haver uniformidade da regulação de bancos e de seguradoras em âmbito mundial, a fim de reduzir os riscos sistêmicos provocados por instituições financeiras.

O consenso é de que, sem reconhecer as especificidades das duas atividades, as seguradoras terão custos operacionais maiores, obrigando-as a repassar as despesas aos consumidores finais. A partir de possíveis novos enunciados da International Association of Insurance Supervisors (IAIS), entidade da qual a Susep é signatária, caberiam aos órgãos de supervisão de seguros nos países promover modificações na legislação local para alinhar-se às determinações da entidade mundial. No Brasil, contudo, a avaliação de Patrick Larragoiti, tomando como base o sólido comportamento exibido pelas seguradoras brasileiras durante a crise financeira global de 2008, é de que os efeitos para atender mais exigências regulatórias seriam menores em relação ao mercado, até porque a legislação brasileira já é considerada bastante conservadora por especialistas.

Fonte: Portal Viver Seguro