A percepção dos riscos ambientais sociais e de governança na indústria de seguros
Com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento de um modelo para inclusão de fatores de riscos Ambientais, Sociais e de Governança (ASG) na indústria de seguros brasileira, com ênfase em riscos climáticos, a CNseg e as Federações associadas estão apoiando a realização de pesquisa científica do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ.
A partir de formulário que será enviado para cerca de quatro mil profissionais de diferentes áreas do setor de seguros cadastrados nos bancos de dados da Confederação, a pesquisa tem sete principais objetivos:
- Aumentar o conhecimento sobre fatores de riscos ASG no mercado brasileiro de seguros.
- Criar indicadores para mensurar o grau de adoção de fatores ASG na subscrição de riscos.
- Comparar o estágio brasileiro de adoção dos referidos fatores ASG com o estágio da indústria global.
- Identificar oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços.
- Avaliar o gerenciamento de fatores ASG nas operações das seguradoras, nas suas relações com parceiros e prestadores de serviço e investimentos.
- Mapear processos utilizados na identificação, avaliação, mitigação e transferência de riscos climáticos.
- Mensurar o nível de identificação de riscos climáticos pela indústria em relação ao estado da arte científico.
Assim, além de verificar a percepção do mercado em relação a esses riscos, a pesquisa também pretende saber em que medida as seguradoras brasileiras estão preocupadas em administrá-los, por exemplo, reduzindo suas emissões de carbono e/ou a emissão de seus fornecedores, prestadores e parceiros.
Para tal, utilizará uma escala desenvolvida pela Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o meio Ambiente (UNEP Fi, na sigla em inglês) que avalia a evolução da consciência de um determinado risco pela sociedade como um todo. Isso é particularmente importante, afirma o coordenador da pesquisa, o doutorando Flávio Nogueira, pois a “indústria de seguros só aceita um risco à medida que a sociedade entende aquilo como um risco”, ou seja, “se o segurado já entende algo como risco e a seguradora não oferece essa cobertura, está perdendo oportunidade de desenvolver produtos”.
Para que a pesquisa possa contar com a maior abrangência e representatividade possíveis dentro dos diversos setores do mercado, os organizadores solicitam que os que receberem o formulário, além de respondê-lo, indiquem outros profissionais para a participação, principalmente das áreas de sustentabilidade , subscrição de risco, gestão de produtos, técnica e sinistros, bem como corretores de seguros atuantes nos ramos de grandes riscos, seguro rural, riscos ambientais e outros relacionados ao tema.
A expectativa é que também ocorra o engajamento dos executivos líderes das empresas de seguros, possibilitando a obtenção de resultados mais significativos e a produção de informações mais relevantes sobre como o mercado brasileiro enxerga os riscos climáticos.
Para participar da pesquisa, clique no link ao lado: pesquisasustentabilidade.cnseg.org.br
Fonte: Cnseg