BLUMENAU - A audiência pública ocorrida ontem à tarde na Câmara de Vereadores terminou com resultados modestos. Diferente do encontro no ano passado, nenhum representante da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Polícia Militar ou Civil compareceu. De prático, ficou definido que vereadores, deputados, prefeito e representantes de entidades municipais criarão uma frente de trabalho para debater os assuntos de segurança na cidade. O grupo também vai tentar uma audiência com o governador Raimundo Colombo.

Em ofício, o secretário César Grubba pediu o adiamento da audiência e justificou a ausência dele e dos demais devido à agenda de compromissos, onde todos estariam envolvidos, inclusive as autoridades regionais. O ofício foi enviado na segunda-feira à câmara, dia de ponto facultativo para o Legislativo.

Na plateia, formada principalmente por estudantes, estavam os pais de André Luiz Bianchi, morto mês passado num assalto a um supermercado, o pai de Maria Rosângela Muniz, morta em janeiro do ano passado, e representantes de entidades. Porém, o público não chegou a lotar as cadeiras do plenário.

Passeata pela Rua XV de Novembro abriu encontro, no início da tarde

A falta de efetivo policial e o aumento da criminalidade foram os principais temas discutidos. Antes da audiência, uma passeata abriu o encontro. Com faixas e cartazes, manifestantes saíram da Catedral São Paulo Apóstolo em direção à Câmara de Vereadores.

Para o presidente da Associação Empresarial de Blumenau, Ronaldo Baumgarten Junior, a falta de representantes do Estado na audiência é prova de que Blumenau está abandonada quando o assunto é segurança. Ele ainda ressalta que foram feitas promessas à cidade, principalmente no reforço do efetivo policial, e que estas deveriam ser cumpridas.

Fonte: Jornal de Santa Catarina