Avanço do déficit primário reclama ajuste fiscal
O rombo nas contas públicas- União, estados, municípios e estatais gastaram RS 25,6 bilhões a mais do que arrecadaram em setembro- elevou o déficit primário para o recorde de RS 85,5 bilhões no acumulado do ano. Rompeu a barreira dos 3% do PIB e acendeu o sinal amarelo de urgência na aprovação do ajuste fiscal, segundo especialistas.
Os dados, divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, confirmam que a dívida superou 70% do PIB e, para gerar um superávit primário de 3%, percentual para mudar a trajetória ascendente do endividamento, custará 6% do PIB até aqui. Não é tarefa para um só governo recuperar os estragos da gestão passada, dizem especialistas.
Mas o remédio se tornará mais amargo, à medida que o tempo avança. A economia precisa voltar a crescer logo, para melhorar a arrecadação fiscal. Mas a mudança da trajetória da dívida será gradual e já se fala em quatro ou cinco anos para a alteração.
Fonte: CNseg