Boas práticas para vendas de seguros
Da esquerda para a direita: o professor de direito constitucional da PUC-SP, Marcelo Sodré; o diretor-executivo do Procon SP, Paulo Arthur Leoncioci Góes; o diretor-geral de seguros de Pessoas do Grupo BB Mapfre, Bento Zanzini; o presidente da Comissão de Relações de Consumo da CNseg, Vladimir Freneda, e o vice-presidente de Operações da Livraria Saraiva, Pierre Berenstein
Com o propósito de idealizar o estado de arte nas vendas de seguros nas redes de varejo, um grupo de especialistas listou algumas das boas práticas que podem ser usadas. O painel “Boas práticas para a venda de seguros em organizações varejistas” reuniu o professor de direito constitucional da PUC-SP, Marcelo Sodré; o diretor-executivo do Procon SP, Paulo Arthur Leoncioci Góes; o vice-presidente de Operações da Livraria Saraiva, Pierre Berenstein; o presidente da Comissão de Relações de Consumo da CNseg, Vladimir Freneda, e o diretor-geral de seguros de Pessoas do Grupo BB Mapfre, Bento Zanzini, como moderador.
O dirigente do Procon lembrou que, embora não esteja no topo das queixas dos consumidores, as reclamações contra seguradoras avançam nos últimos três anos consecutivos. “Não é uma questão de tamanho, mas sim de sinalização de que os problemas estão crescendo”, assinalou ele, para quem havia um déficit regulatório que só recentemente a Susep tentou suprir, por meio de novos regulamentos para as vendas de seguros no varejo.
| Marcelo Sodré | Paulo Arthur Leoncino Góes | Bento Zannini | Vladimir Freneda | Piesse Berenstein |
O presidente da Comissão de Relações de Consumo da CNseg, Vladimir Freneda, destacou que o mercado está empenhado em corrigir eventuais falhas, lembrando também que as novas normas fixadas pelas Susep têm justamente este propósito. Ele destacou a Resolução 296, que disciplina o seguro de Garantia Estendida, a Resolução 297, sobre a figura do representante de seguro, e a Circular 480, que trata de vendas por canal do varejo, como importantes para o avanço do mercado de massificados. Os ajustes, que incluem a estipulação substituída pela figura do representante, a evidência do direito de arrependimento, informação ostensiva no ponto de venda e qualificação permanente da força de venda.
Entre os desafios, ele cita a necessidade de construir produtos mais adequados às necessidades do público emergente; simplicidade na comunicação e entendimento das condições dos seguros ofertados; agilidade no pagamento dos sinistros; e ações em prol da educação financeira.
Para Freneda, esta segunda onda de parceria entre seguradoras e varejo precisa ser bem-sucedida para todos, para que este relevante canal de distribuição possa responder pelo potencial de crescimento do mercado. “Não teremos terceira ou quarta onda, se não consolidarmos esta nova etapa criada pelos novos regulamentos”.
Já o representante da Saraiva relatou a experiência bem-sucedida da empresa na venda de seguros (oferece coberturas contra roubo, furto e garantia estendida), ao passo que o professor Marcelo Sodré apresentou alguns cuidados que devem ser adotados para atender cada vez melhor o consumidor.
Fonte: CNseg