Dados compartilhados, custos rebaixados

Contando com a participação dos presidentes da CNseg, Marco Antonio Rossi; da FenSeg, Paulo Marraccini; da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento;  do diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin; e do diretor geral da Porto Seguro, Luiz Pomarole; o painel teve como mediador o presidente da FenaCap e superintendente geral da CESER, Marco Barros, para quem o evento é uma excelente oportunidade para os presentes conhecerem um pouco melhor os produtos disponíveis e as experiências de êxito da Central de Serviços da CNseg. “Em nossas empresas, temos uma quantidade enorme de dados sobre nossos segurados e o grande desafio é a correta e eficiente utilização destes dados”, disse o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi.

Sua opinião é compartilhada pelo diretor Luiz Pomarole, que afirmou que o tratamento não adequado desses dados compromete a qualidade da informação.

Para Paulo Marraccini, o desafio não está somente no tratamento desses dados, mas também na identificação dos dados realmente relevantes, aqueles que realmente interferem na tomada de decisões. “O que adianta, por exemplo, perguntar a um segurado quanto tempo o carro fica na garagem se não podemos medir?” “Precisamos perguntar menos e compartilhar mais”.

“Precisamos entender quais são os dados importantes para gerar informações relevantes e que informações são relevantes para gerar conhecimento relevante e valor para a sociedade”, complementou Marco Barros.

Em seguida, Osvaldo do Nascimento fez uma breve retrospectiva do processo de compartilhamento nas instituições financeiras quando, na década de 1970, o poder estava na capacidade de hardware e processamento, e os dados ainda eram difíceis de serem tratados. Mas, com o surgimento dos microprocessadores nos anos 1980, essa tendência ganhou força. “Atualmente, vivemos a era das redes sociais e dos megadados, quando as informações são tratadas, não apenas para exibir uma radiografia do presente, mas também do futuro”.

Para ilustrar o poder dessas novas tecnologias, lembrou que, atualmente, todo eleitor utiliza as redes sociais, que podem ser acessadas, por exemplo, para que o governo americano preveja os resultados das eleições no Brasil, permitindo, assim, determinados movimentos financeiros. “O Facebook, que tem como único ativo as informações de comportamento, já vale muito mais que o Itaú”, concluiu.
E muitas outras são as aplicações do gerenciamento de dados e informações. 

“Se as seguradoras  tivessem o registro de todos os veículos que atravessam as fronteiras e cruzassem com os dados dos veículos roubados, captariam muitas tentativas de fraudes aí”, disse Pomarole.

“Os recenseamentos da Previdência custam milhões de reais e tornam-se imediatamente defasados. Mas poderiam ser substituídos por um controle dos dados de nascimento e óbito, causando muito menos transtornos para os cidadãos”, destacou Cechin, ex-ministro da Previdência.  “Um dos grandes desafios dos executivos é estabelecer prioridades em relação ao compartilhamento de dados, pois, mesmo que já não restem dúvidas a respeito de sua importância, é necessário tirá-lo do segundo plano”, concluiu Rossi, em alerta ao mercado.

Encontro Ceser 2014 - Rossi

Fonte: CNseg