Economia surpreende ao crescer 1,5% no segundo trimestre
Uma taxa de crescimento surpreendente foi apresentada pela economia brasileira no segundo trimestre do ano: alta de 1,5%, a maior no período de três meses em mais de três anos, em virtude dos investimentos, além do desempenho da indústria e da agropecuária. Porém, o consumo das famílias, um dos motores da economia permanece pífio. "Foi um bom crescimento, forte e espalhado por todas as atividades", avaliou a economista do IBGE Rebeca Palis.
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, alcançou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho, segundo dados divulgados na última sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sobre o segundo trimestre de 2012, o avanço entre abril e junho foi de 3,3%. A alta do segundo trimestre é a maior desde o primeiro trimestre de 2010, que foi de 2%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou positivamente o resultado, assegurando que o pior já passou no plano econômico. "Estamos caminhando para um bom desempenho da formação bruta de capital fixo, que significa a compra de máquinas e equipamentos e material agrícola. Significa que a indústria está se modernizando e vai aumentar a produtividade. A indústria brasileira está se recuperando", resumiu o ministro.
Parte dos economistas discorda e prevê que a atividade econômica vai perder fôlego no terceiro trimestre, devendo ficar estagnada ou retraindo-se. No período, a indústria deu sinais de vida, ao crescer 2% sobre o primeiro trimestre, quando declinou 0,2%. No comparativo com um ano antes, o setor teve expansão de 2,8%.
A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), tida como uma medida de investimento, registrou alta de 3,6% no primeiro trimestre sobre o período imediatamente anterior. Já o setor agropecuário expandiu 3,9%. Na comparação anual, essas atividades tiveram crescimento expressivo de 9% e 13%, respectivamente.
Fonte: CNseg