Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira.

2014 já é presente. 2013 deixou lições, saldos, experiências. Mas passou. Ficou no retrovisor. 2015 está logo ali, num horizonte amplo.
Quem ficou contente com os resultados das suas finanças pessoais do ano anterior pode comemorar, aprimorar, aproveitar. Porém, aqueles que por algum motivo não ficaram satisfeitos, precisam agir diferente, buscar novos caminhos, novas alternativas. Fazer mais ou melhor aquilo que acreditam ser o certo, o melhor para suas finanças. Quem não sabe o que fazer, deve buscar informações, orientar-se com quem entende. E com quem confia. Educar-se financeiramente pode ser o melhor investimento.

Como diz o ditado, quem anda sempre pelos mesmos caminhos chega sempre aos mesmos lugares. É preciso fazer diferente, fazer melhor. Não necessariamente fazer extravagâncias, loucuras, mas tem que fazer a lição de casa. Comece com o básico: gaste menos do que ganha. Ganhe mais ou gaste menos, não importa. Mas o saldo tem que ser positivo. Se possível faça as duas coisas. É preciso gerar sobras. Das sobras se faz investimentos, conquista-se a tranquilidade financeira. Com ela, diminui o estresse, aumenta a produtividade, a criatividade, as chances de ganhar mais e fazer o dinheiro render mais. Em seguida percebe-se o quanto é diferente receber ao invés de pagar juros. Abre-se o caminho para a prosperidade.

Fala-se muito na crise atual. Existe, claro! E sempre vão existir crises no caminho. Vêm e passam. Recorrendo à sabedoria milenar oriental, crise é um misto de ameaças e oportunidades. A situação mundial vai melhorar em 2014? Ninguém sabe. Mas a sua situação financeira não depende totalmente do cenário. Depende muito mais das suas atitudes. Dinheiro não desaparece, troca de mãos. Quando passa algum pelas suas, procure reter uma parte. Economize. Poupe. Invista. Onde? Não é tão relevante no começo. O importante é criar, manter e aumentar as reservas. Na dúvida, recorra ao mais sábio dos princípios financeiros, o da diversificação.

Não creia cegamente no que o gerente do seu banco orienta. Posicione-se. Corretores de ações vão dizer que a crise da bolsa acabou. Corretores de imóveis vão negar a existência de bolsa imobiliária e defender imóveis como porto seguro. Vão aparecer malandros com correntes, pirâmides, barbadas e negócios da China. O governo vai dizer que não existe crise. A oposição vai pintar o caos. Lembre-se, é ano eleitoral. Nada disso é tão relevante para suas finanças pessoais como o seu trabalho, a economia, a poupança e o acúmulo de recursos. Nada é tão importante quanto a necessidade de você mesmo definir suas prioridades, metas e estratégias.

O básico deve ser feito dentro de casa. Evite desperdícios de toda ordem. Consuma de maneira consciente e controlada. Afaste-se de dívidas e do consumo por impulso. Estabeleça limites de gastos e metas de poupança. Crie regras próprias para gastar e para economizar. Pesquise preços, peça descontos, pechinche. Tenha fé. Reze. Torça. Mas acima de tudo trabalhe e poupe. Procure repetir os acertos de 2013 e evite cair nas mesmas armadilhas ou deslizes financeiros. Em 2014, faça diferente. Faça melhor. E, a partir de 2015, colha os frutos. Viva diferente. Conquiste sua tranquilidade financeira. Viva melhor! 

Fonte: CNseg