Indenizações pagas pelo Seguro DPVAT crescem 25%
As vidas ceifadas nessas condições formariam uma soma de cerca de 50 mil vítimas, o que é alarmante. É esse também o número de pessoas que morrem no trânsito brasileiro todos os anos.
Foi o que afirmou Ricardo Xavier em evento realizado na última terça-feira, 11, em São Paulo. Realizado pela Seguradora Líder, o encontro tratou dos números contabilizados no ano de 2013.
Constatou-se que as indenizações pagas pelo DPVAT cresceram 25% em relação a 2012. Embora o percentual ainda seja grande, nota-se uma diminuição dos casos fatais. Houve uma redução de 10% dos acidentes que resultaram em mortes.
Em contraponto, nos pagamentos feitos devido a casos de invalidez permanente o aumento foi de 26%, e esses casos foram responsáveis por 70% dos pedidos de reparação feitos ao DPVAT.
Um dos pontos de destaque nessas estatísticas é o aumento considerável na utilização de motocicletas em todo país, que causam mais ocorrências de invalidez permanente, sendo essa situação mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste. Em 74% dos acidentes com motocicletas a maior vítima é o motorista, já em colisões de automóveis, caminhões e ônibus o pedestre continua a ser o mais afetado. Nos acidentes com veículos coletivos os passageiros são os mais prejudicados.
Desses números, 76% dos acidentados são homens e deles cerca de 40% estão na faixa etária de 18 a 34 anos, época de plena atividade profissional. Esses resultados ilustram as preocupações latentes entre os administradores públicos, seguradores e toda a população que convive diariamente com uma situação caótica do trânsito.
Xavier elucidou o que está sendo feito para mitigar esses riscos: “o que nós temos feito, de forma efetiva, é facilitar e possibilitar que as pessoas tenham acesso. Trabalhar na divulgação através de campanhas, na informação e também junto à mídia, para falar com a sociedade”, afirmou.
O deputado Hugo Leal (PROS-RJ) também esteve no evento e destacou, fundamentalmente, a importância de modificar o comportamento do usuário no trânsito, começando pela educação no momento em que as pessoas fazem as aulas para obter a CNH. “É preciso retirar, na formação do condutor o conceito de que, ao fazer 18 anos ele irá tirar a carteira, como um direito universal. É necessário que ele diga que irá se preparar para entender o que é ser condutor”, aconselha. Destacando ainda que é preciso que o condutor esteja habilitado e preparado para enfrentar as “armadilhas” que o trânsito apresenta.
Além de ressaltar que hoje, o problema no trânsito é uma operação que deve ser conduzida pelas secretarias de saúde, por se tratar de saúde pública e não apenas uma questão de segurança.
O aumento de pagamento das indenizações se deu, também, pelo aumento de visibilidade e facilidade para fazer os pedidos de ressarcimento. Hoje, o DPVAT tem um convênio com os Correios, o que faz com que o seguro tenha uma abrangência de 100% do território nacional. Após a documentação necessária ser entregue, o seguro é pago em até 30 dias, depositado na conta da vítima ou de seus beneficiários. Os valores de indenização são de R$ 13.500, em caso de morte, de até R$ 13.500 em casos de invalidez permanente e R$ 2.700 em caso de reembolso de despesas médicas e hospitalares comprovadas.
Fonte: Amanda Cruz/Revista Apólice