Jovens são as maiores vítimas do trânsito brasileiro

Você está no auge da sua juventude. Faz planos profissionais, quer terminar a faculdade e emendar a pós-graduação. Quem sabe fazer um curso no exterior. Pensa em se casar, construir uma família e viajar o mundo. Mas um dia, sem aviso prévio, esses sonhos acabam de forma violenta e trágica. Infelizmente, essa é a realidade de muitos jovens no Brasil, que têm suas vidas interrompidas em acidentes de trânsito. Realidade também para as famílias, que perdem seus entes queridos e convivem com a ausência e a saudade daqueles que ainda tinham um longo futuro pela frente.

De acordo com dados da Seguradora Líder DPVAT, no primeiro trimestre de 2013, a maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas entre 18 e 34 anos, representando 51%. A maior predominância nesse total foi de vítimas do sexo masculino, com 40%.

Fernando Diniz, presidente da ONG Transitoamigo, acredita que um dos principais fatores para a grande incidência de acidentes envolvendo jovens é a mistura entre direção e bebidas alcóolicas. Fernando é pai de Fabricio Diniz, que faleceu em março de 2003, aos 20 anos, em uma tragédia de trânsito na Avenida das Américas, Barra da Tijuca (RJ). Neste acidente, mais duas jovens, Mariana e Juliane, ambas com 18 anos, também perderam suas vidas. De acordo com ele, para garantir a sustentabilidade no trânsito é necessária a junção de três fatores: leis, fiscalização e justiça. “A fiscalização nas ruas e estradas brasileiras hoje é ineficiente. Houve um crescimento da frota de veículos e de pessoas com habilitação para dirigir, mas o número de agentes de fiscalização não cresceu na mesma proporção”, ressalta.

Diniz também participou da elaboração do projeto de lei 798/07, que tramita no Senado e propõe que as penas alternativas a quem praticou crime de trânsito sejam cumpridas em ambientes relacionados ao resgate, atendimento ou recuperação de vítimas – como acompanhar atendimento de primeiros socorros ou o tratamento de pessoas com sequelas de acidentes. “Essa é uma pena muito mais educativa do que pagar cestas básicas”, defende. “Cada um de nós, jovem ou adulto, tem que fazer a sua parte agindo com responsabilidade no trânsito”, ressalta Fernando.

 

Fonte: Seguro DPVAT/Seguradora Líder