Lições e práticas internacionais de educação financeira

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Paulo Marracinni, presidente da FenSeg

O processo de venda de seguro exige investimento em educação financeira para todos os envolvidos, do consumidor ao presidente da companhia, segundo as experiências compartilhadas no painel “Lições e práticas internacionais de educação financeira com foco em seguros”, no primeiro dia da 4ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguro, em São Paulo.

Auri Carrasco Eléspuru, gerente de alianças e canais de massificados da seguradora La Positiva Seguros Generalis, contou à plateia sobre a experiência de se implantar o microsseguro na operação da seguradora. “Vender seguro para pessoas não bancarizadas é algo desafiador”, revelou.

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Auri Carrasco Eléspuru, da seguradora La Positiva Seguros Generalis

Segundo ela, é preciso ter uma estratégia bem definida, pois as necessidades das pessoas carentes são muito diferentes de região para região. “E essa camada da população hoje tem a maior participação na pirâmide social da América Latina”, enfatizou. Aos poucos, com muitos ajustes nos projetos, a La Positiva conseguiu, em dois anos e meio, ter 78 pontos de venda em 48 zonas urbanas e quase 500 vendedores nas zonas rurais. O produto mais comercializado custa US$ 20 por ano, ou US$ 6 por mês, tem rápida indenização (em até 48 horas após a entrega dos documentos) e conta com benefícios que realmente agregam valor ao cliente. “Só assim para crescer dentro de comunidades nas quais a ajuda humanitária é essencial”.

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Bárbara Magnoni, presidente da EA Consultants

Bárbara Magnoni, presidente da EA Consultants, revelou dados de duas pesquisas realizadas. Uma nas Filipinas e outra no Brasil. Ambas tem resultados semelhantes: é preciso investir na oferta de produtos, pois, nos dois países, os clientes conheciam muito pouco sobre o seguro. Até mesmo os que haviam adquirido apólices embutidas em crédito desconheciam as coberturas ofertadas.

Paulo Marracini, presidente da Federação Nacional de Seguros Privados (Fenseg) e moderador do painel, explicou aos presentes um pouco sobre um antigo projeto, “Educar para Proteger”, criado em parceria com o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo. “Esse projeto precisa ser retomado com a nova diretoria do SincorSP para que se leve a educação financeira com foco em seguros para as escolas”, sugeriu.

Fonte: CNseg