O mercado financeiro ajustou, mais uma vez, suas projeções para o crescimento da economia em 2014 e no próximo ano. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, retrocedeu de 1,69% para 1,63% neste ano, ao passo que, em 2015, de 1,91% para 1,90%, de acordo com dados da pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central. No caso da produção industrial, esta foi ajustada de 11,21% para 11,24% este ano, e de 2,65% para 2,37%, em 2015.

Já a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve ligeiro recuo: deve fechar o ano em 6,39%, agora um pouco abaixo do teto da meta (6,50%) estabelecida pelo governo. Nas últimas duas semanas, a projeção ficou no teto da meta, chegando, na pesquisa divulgada no dia 22, a ultrapassá-lo, ao atingir 6,51%. Para 2015, a estimativa segue em 6%, há quatro semanas.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) segue em US$ 3 bilhões, em 2014, e em US$ 10 bilhões, no próximo ano. O mercado projeta o saldo negativo em transações correntes (registros de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), de US$ 78,6 bilhões para US$ 80 bilhões este ano, e de US$ 75,6 bilhões para US$ 75 bilhões, em 2015.

A cotação do dólar segue projetada em R$ 2,45 no final de 2014, e foi alterada de R$ 2,51 para R$ 2,50 para 2015. De acordo com o boletim Focus, a expectativa das instituições financeiras para o Investimento Estrangeiro Direto (IED, recursos que vão para o setor produtivo do País) segue em US$ 60 bilhões neste ano, e em US$ 55 bilhões, em 2015.

Por sua vez, a projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permanece em 34,80% neste ano, e ajustada de 35% para 35,05% em 2015.

Fonte: CNseg