Metade dos estádios da Copa 2014 recebem certificação de construção sustentável
Seis estádios da Copa do Mundo receberam a certificação Leadership in Energy & Environmental Design (Leed), o selo de maior reconhecimento internacional sobre práticas de construção ambientalmente responsáveis. A reforma do Mineirão, em Belo Horizonte, conquistou a mais alta categoria de certificação, a Platinum.
Quatro arenas receberam certificação de nível dois, o Leed Silver (Maracanã, Fonte Nova, Arena Amazônia e Arena Pernambuco) e o estádio de Fortaleza recebeu a certificação simples. A certificação, concedido pelo Green Building Council Institute (GBCI), busca otimizar o uso dos recursos naturais, promover estratégias de regeneração e restauração, minimizando as consequências ambientais e de saúde humana da indústria de construção.
O anunciou das certificações foi feito no último dia 18, em uma coletiva entre a FIFA e o GBCI. O Brasil está entre os 5 países que mais tem projetos com o selo Leed.
Entre os itens avaliados estão o reaproveitamento dos resíduos gerados pela obra, redução do consumo de água durante tanto na construção como quando o equipamento estiver funcionando, ou ainda dar preferência para a compra de materiais em fornecedores locais.
No Mineirão, por exemplo, esse o reaproveitamento dos resíduos gerados com a obra foi de 90%. O concreto demolido foi transformado em brita para ser utilizado na pavimentação de ruas de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A terra foi utilizada para fazer o aterro do Boulevard Arrudas, no centro da capital mineira. Já a sucata metálica foi toda doada a usinas recicladoras para emprego na indústria. Os antigos assentos também receberam destinação ecológica. Cerca de 55 mil cadeiras foram doadas a estádios e outros espaços esportivos do Estado. No Mineirão a obra também contempla um reservatório com capacidade para cinco milhões de litros de água de chuva que é reutilizada em serviços de manutenção do estádio, como irrigação do campo e mictórios, suportando até três meses de estiagem.
A Arena Fonte Nova, por sua vez, possui 20% de seus materiais de construção feitos de material reciclado, 75% dos resíduos do projeto de construção desviados do aterro sanitário e 35% de sua energia proveniente de fontes renováveis como solar e eólica.
A Arena do Grêmio, em Porto Alegre, mesmo não recebendo jogos da Copa 2014, também foi contemplada com o sele recentemente.
Fonte: Instituto Ethos | www.jogoslimpos.org.br