Novo sistema de informações da Susep poderá levar a reformulação no modo de fazer regulação

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Da esquerda para a direita: Marco Barros, Roberto Westenberger, Léo Maranhão e Altino Leitão

O Encontro Ceser 2014, realizado em 7 de outubro, em São Paulo, abordou o tratamento e compartilhamento de dados e suas vantagens para as seguradoras, mas não deixou de ouvir os órgãos reguladores para saber como eles tratam o tema. E foi por isso que foi realizado o painel “Compartilhamento na visão do regulador”, que contou com a participação do superintendente da Susep, Roberto Westenberger; do analista técnico da Susep, Léo Maranhão e do gerente-geral de Informações e Sistemas da ANS, Altino Leitão, tendo como moderador o presidente da FenaCapi e superintendente geral da Central de Serviços da CNseg, Marco Barros.

Sendo o primeiro a falar , Roberto Westenberger afirmou que a Susep trabalha em um processo de modernização do tratamento das informações e comunicação no órgão, que pretende tratar os dados em tempo real. Além disso, o sistema se conectará a outras bases de dados como as do Serasa, Detrans, cartórios e juntas comerciais, facilitando a identificação de problemas de solvência nas seguradoras, entre outros.

Envolvido diretamente na construção do sistema, Leonardo Léo Maranhão, disse que ele pode levar a uma reformulação completa de como a Susep faz a regulação, devendo estar implantado e operando entre 2016 e 2017.

“O objetivo é aumentar a eficiência regulatória, que ainda conta com processos defasados”, concluiu o superintendente da Susep.

E não é só a Susep a interessada na melhoria do processo regulatório. Na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), há, segundo Altino Leitão, o reconhecimento de um distanciamento entre as boas práticas do mercado e o que a ANS possui em termos sistemas de tratamento de dados e informações. E para dar conta deste gap, a agência reguladora dos planos de saúde tem como objetivos futuros promover a agilidade processual por meio do gerenciamento eletrônico dos documentos; utilizar os dados recebidos do Padrão TISS como insumos ao planejamento de políticas públicas, entre outros.

“A atividade securitária não tem sentido sem informação, que é a nossa matéria prima, e órgãos reguladores não poderiam deixar de lidar com a questão”, concluiu Westenberger.

Fonte: CNseg