Operação prende quadrilha que fraudava DPVAT no Rio
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, em conjunto com a Corregedoria Interna da Polícia Civil, tenta cumprir 23 mandados de prisão preventiva- 12 contra policiais civis e militares- de envolvidos em fraudes em exames de perícia médica para o recebimento do seguro DPVAT.
A operação de combate à fraude é elogiada pela Seguradora Líder DPVAT. Em nota, a seguradora afirma que incentiva as ações realizadas pelas autoridades com o objetivo de evitar irregularidades na concessão do seguro, já que a repressão resguarda os direitos legítimos dos usuários do seguro. Na nota, a seguradora lembra que vem intensificando a divulgação do seguro DPVAT e informa cada suspeita de fraude no processo às autoridades competentes para devidas investigação e providências.
A chamada Operação Assepsia, que ocorre nesta manhã de quinta-feira, também cumpre 66 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio, Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Teresópolis. A operação conta com a participação de 30 delegados, 300 policiais civis e agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
A quadrilha contava com dois núcleos: um policial, com ramificações na 59ª DP e no Posto Regional de Polícia Técnico-Científico (PRPTC), ambos em Duque de Caxias. E outro jurídico, via escritório de advocacia Mendonça & Silva Advogados Associados, também em Duque de Caxias.
Segundo o Ministério Público, os crimes são de estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, sonegação e inutilização de documentos. As investigações, iniciadas em setembro do ano passado, resultou na apreensão de mais de 400 laudos que seriam usados pela quadrilha.
O prejuízo com as fraudes está estimado em mais de R$ 7,5 milhões e centenas de vítimas já estão identificadas. As investigações mostraram que policiais da 59ª DP preenchiam guias de encaminhamento falsificadas, encaminhando vítimas ao posto do Instituto Médico Legal do município. Lá, laudos periciais irregulares eram forjados, indicando lesões e sequelas permanentes, e enviados para o núcleo jurídico da quadrilha, formado principalmente por advogados, que recebiam 30% do valor da indenização.
Fonte: CNseg