Organização mundial elogia o Brasil

MOSCOU - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez elogios às medidas tomadas pelo Brasil ao apresentar um estudo, ontem, para sustentar o apelo à adoção de políticas de criação de empregos. Segundo a entidade, o fato de o desemprego estrutural nos países do G-20 grupo das 19 maiores economias e a União Europeia estar ainda mais elevado que no momento pré-crise econômica de 2008, é preocupante. Para a entidade, é necessário ampliar essas políticas para haver um crescimento econômico robusto, sustentável e equilibrado.

– Estou convencido de que se pode fazer mais. A experiência demonstra que se podem obter altos níveis de emprego e crescimento inclusivo através de uma bem elaborada combinação de políticas de apoio macroeconômico e de emprego, de políticas de mercado laboral e de proteção social planejadas para estender os benefícios do crescimento – disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

O estudo Perspectivas a Curto Prazo e Principais Desafios para o Mercado de Trabalho nos Países do G-20 foi divulgado em Moscou, onde se realiza uma reunião dos países do grupo. A pesquisa cita estudo de 2010 com alguns exemplos de êxito na geração de empregos e destaca algumas medidas adotas pelo Brasil.

As iniciativas apontadas como exemplo são: melhora do nível de cobertura dos salários mínimos; ampliação da cobertura dos sistemas de proteção social; concessão de subsídios para a contratação de pessoas de grupos vulneráveis; e aumento do nível de investimento em infraestrutura para promover crescimento econômico e produtividade a médio e longo prazos e facilitar a criação de emprego a curto prazo.

De acordo com o diretor da OIT, o desemprego em “níveis inaceitavelmente altos” é um desafio ainda maior devido à revisão para baixo pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) das perspectivas de crescimento econômico global para este ano e o próximo.

Segundo dados da OIT e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o desemprego aumentou na metade dos países do G-20.

Fonte: Jornal de Santa Catarina