Os efeitos da Lei Seca em cinco anos de atividade

Desde junho de 2008, a Lei 11.705/08, popularmente conhecida como Lei Seca, vem contribuindo para a queda da violência no trânsito. Os números já mostram que a população está mais consciente da perigosa mistura entre álcool, drogas e direção e que a Lei está provocando uma mudança de comportamento.

Na última semana, uma comitiva brasileira esteve em Nova York participando de uma reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS) – órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) – que debateu medidas sobre segurança viária. O objetivo era defender o favoritismo do Brasil para sediar a II Conferência Mundial Ministerial Sobre Segurança Viária, que será realizada em novembro de 2015.

Uma das razões que fizeram do Brasil o favorito foi a experiência do país com a Lei Seca. O deputado federal Hugo Leal, autor da lei e líder da comitiva brasileira em Nova York, destacou o pioneirismo da iniciativa. “Fomos o primeiro país de dimensão continental a aplicar a Lei Seca. E a medida ganhou muito mais impacto em relação a nações menores como o Japão, pois aqui há um grande consumo per capita de bebidas comuns, como a cerveja “, explicou.

Dados da Secretaria de Estado de Governo (Segov) apontam que entre março de 2009 e março deste ano, a Lei Seca abordou 1.482.658 motoristas no Rio de Janeiro. Ao todo, 276.496 foram multados. Ao longo desse período, a eficiência das blitze reduziu em 84% o número de acidentes e mortes no trânsito fluminense.

Segundo a OMS, o trânsito é hoje a principal causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. De cada quatro vítimas fatais, três são homens. Metade de todos os acidentes fatais envolve pedestres, ciclistas e motociclistas.

Fonte: DPVAT