Superintendente da Susep é homenageado em almoço do CVG-SP

O almoço mensal promovido pelo Clube de Seguros de Vida de São Paulo (CVG-SP) teve como homenageado, na última quinta-feira, no restaurante Circolo Italiano, na capital paulista, o titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Joaquim Mendanha de Ataídes que, entre outros assuntos, abordou a evolução das vendas do mercado de seguros que, em razão do prolongamento da recessão do país, viu seu ritmo se reduzir, em comparação com os anos anteriores. Para fomentar a indústria neste período de crise, o superintendente tem conversado com as principais lideranças do setor para facilitar o dia a dia das companhias no que diz respeito ao lançamento de produtos e redução de burocracias excessivas.

Trazer de volta para a iniciativa privada o seguro de acidente do trabalho foi um dos temas destacados no encontro. A minuta já está pronta e foi trabalhada com afinco pela CNseg. Nela, o setor propõe a privatização do acidente de trabalho. "Já fizemos a ponte entre as diversas esferas governamentais apresentando o trabalho realizado pela CNseg. Isso vai atender uma demanda que o governo precisa, que é o teto de gastos. O seguro de acidente dá prejuízo para o governo, o empresário paga uma taxa elevada e o serviço prestado para o usuário não tem um atendimento adequado. Privatizar trará benefícios a todos", comentou Joaquim Mendanha.

Privatizar o acidente de trabalho, no entanto, depende de agenda tumultuada do Congresso para ser apreciado. As apostas são de que logo o governo transfira esse seguro para as seguradoras. Marcio Coriolano, presidente da CNseg, viaja neste mês para a Colômbia para conhecer melhor o trabalho feito no seguro de acidentes do trabalho naquele país, por ser citado como exemplo para o mundo, conforme contou.

Coriolano elogiou a atuação de Joaquim Mendanha frente ao mercado: “Estou há quase um ano e meio a frente da CNseg acompanhando o momento complexo do próprio país. E é nesse momento que as pessoas são colocadas à prova. E vemos que você, Joaquim, com sua experiência e sua capacidade de liderança tem construído uma ponte para o setor ultrapassar esse momento de forma mais tranquila e com menor custo social possível. Também quero ressaltar que todos os órgãos representativos do setor, a CNseg e suas federações, e a Fenacor, estão absolutamente sincronizados com o que desejam para o país, que é, através do seguro, apoiar o crescimento do Brasil. E temos aqui um órgão regulador participe do sistema. Temos encontrado uma pessoa obstinada pela organização, reconhecida pelo mercado e também pelo governo”, disse Coriolano.

O presidente da FenaPrevi, Edson Franco, também elogiou o superintendente da Susep pela iniciativa de criação de um canal para acolher o debate das propostas específicas da FenaPrevi e a pela produtividade que vem imprimindo para desenvolver novos produtos do ramo Vida, como o seguro de vida universal, e para o aperfeiçoamento do marco regulatório dos produtos de acumulação, especialmente o VGBL e o PGBL.

O titular da Susep citou que recebeu do presidente da Fenaprevi 13 propostas para fomentar o setor de acumulação. “Já cumprimos cinco delas. As outras dependem mais do Legislativo e da Receita Federal", comentou. Segundo Mendanha, a circular aprovou um produto que não foi o ideal, mas foi o possível. "Agora aguarmos a Receita Federal, que a partir da semana que vem deve estar solucionado nosso pleito. Tenho certeza de que o Universal Life será um novo norte para o seguro de pessoas". Segundo ele, mudanças no PGBL e VGBL, que vão entrar em audiência pública a partir da semana que vem, serão um grande avanço do trabalho de fomento da indústria. "Esses produtos foram criados como fundos de acumulação e agora serão atualizados diante da nova realidade do mercado", frisou.

O recadastramento e a especialização do corretor também estava na pauta do encontro. "Se queremos aumentar a participação do seguro de pessoas no mercado, temos de ter uma base de distribuição forte e mais especializada do que temos hoje", disse ele para ressaltar a importância da Escola Nacional de Seguros. "Estive agora no Chile e nunca vi uma escola que tenha o gabarito da Funenseg. Por isso dou aqui meus parabéns a Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros".

Mendanha também adiantou que novas regras para capitalização são discutidas e em breve devem entrar em audiência pública. "Recebi do ministro da Fazenda a incumbência de que o mercado cresça e leve proteção aos brasileiros. E vou cumprir essa missão", finalizou Mendanha o seu discurso no almoço mensal do CVG-SP.

Fonte: CNseg