As empresas dependentes de ganhos financeiros em seus resultados terão de conviver com rendimentos menores de suas aplicações financeiras atreladas a juros também no próximo ano. Esta é a principal mensagem que consta da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgada nesta quinta-feira. Na ata, avalia-se que o cenário é benigno para a inflação, já que, no acumulado de 12 meses, "tende a se deslocar na direção da trajetória de metas, ainda que de forma não linear". Isso significa a manutenção da taxa basica de juros estável por um bom tempo. Na semana passada, o Copom manteve a Selic em 7,25% ao ano, a menor taxa na história da série, mas deu fim ao movimento de queda gradual que resultou em uma baixa de 5,25 pontos percentuais após dez cortes seguidos- o último em outubro, de 0,25 ponto.

A política monetária expansionista é o caminho tentado pelo governo, ao lado das desonerações tributárias, para fazer a combalida economia brasileira reagir. Mas o fraco desempenho do PIB no terceiro trimestre mostra não só claro arrefecimento da economia, mas já dá indicações de que poderá haver ainda mais cortes nos juros básicos, segundo relatórios de alguns bancos. No caso extremo, a Selic poderia cair para 6,25% ou pelo menos prosseguir nos atuais 7,25% até parte de 2014. A conferir.

Fonte: CNseg