A previsão de o Brasil obter um “Pibinho” em 2012 confirmou-se neste sexta-feira. Após registrar crescimento de 0,6% no quarto trimestre do ano passado, o crescimento de 2012 foi de apenas 0,9%. Foi o pior resultado em três anos, influenciado pelo mau desempenho da indústria e do agropecuário. Os dados foram divulgados pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Segundo o órgão, em relação ao quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no último trimestre.

Na fase aguda da crise internacional, o Brasil fechou o ano de 2009 com retração de 0,3% no PIB. Apesar de fraco, houve uma informação relevante nos dados do IBGE: a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimento, teve expansão de 0,5% no último trimestre de 2012, quando comparado com julho a setembro, encerrando uma série de quatro quedas seguidas. No ano, porém, houve contração de 4,0%.

Já o setor industrial, apesar das medidas de incentivo do governo, encerrou 2012 com contração de 0,8%, ainda que, no quarto trimestre, tenha apresentado alta d 0,4% ante o terceiro. No caso da agropecuária, foi o contrário: registrou queda trimestral de 5,2%, mas fechou o ano com alta de 2,3%.

O resultado do PIB foi puxado pelo consumo das famílias e do governo novamente. O consumo das famílias subiu 1,2% entre outubro e dezembro, sobre o trimestre imediatamente anterior, fechando em alta de 3,1% em 2012. Já o consumo do governo apresentou alta de 0,8% e 3,2% por cento nos respectivos períodos. A atividade de serviços teve crescimento de 1,7% no ano.

Fonte: CNseg